Nome da classificação do São Paulo para as quartas de final da Copa Libertadores, o goleiro Rogério Ceni refuta o rótulo de herói da partida. Mas é impossível tentar mudar a ideia da torcida que gritou seu nome antes da disputa de pênaltis contra o Universitario, segundos depois que ele errou sua cobrança e nas defesas seguintes que garantiram a passagem de fase.
"Amo esses caras (torcida), Amo o clube em que eu jogo. Rui Branquinho (publicitário torcedor do São Paulo) lançou um CD que diz que seu coração é um escudo de cinco pontas e de três cores. Eu amo este time. É a paixão da minha vida jogar futebol no São Paulo. Há 20 anos faço o mesmo caminho da minha casa. Me sinto um privilegiado porque faço o que gosto, ganho bem, não tanto quanto acho que mereço. Mas sou privilegiado também porque recebo em dia. É a grande paixão da minha vida. Ficaria muito triste se eles não gostassem mais de mim", disse Rogério Ceni, quase uma hora após a partida na coletiva de imprensa.
Com 901 jogos completados nesta terça-feira, Rogério Ceni diz que seu maior objetivo é conquistar mais uma Libertadores pelo São Paulo. O capitão já levantou a taça em 2005, esteve no grupo bicampeão de 1993 e quer ser o primeiro no clube a ser campeão por três vezes da principal competição sul-americana.
"Cheguei aqui com 17 anos. Morei por quatro anos debaixo dessas arquibancadas. Não foi fácil passar pela lesão do ano passado, jogar com movimentos do braço comprometidos, fazer fisioterapia já com a minha idade. O que mais esperaria é acabar dignamente minha carreira. Não me importo com recordes, de chegar aos mil jogos. O recorde que eu quero é ganhar a quarta Libertadores e o quarto Mundial", disse o goleiro-artilheiro na espera de poder continuar jogando em alto nível: "todo mundo falha. Mas parece que há uma "simpatia" maior pelas minhas. Vou fazer o meu melhor aqui até o últimmo dia da minha carreira", disse.
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