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MT Eleições 2014
Terça - 04 de Maio de 2010 às 15:59
Por: Flávia Borges

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Os três pré-candidatos ao Palácio Paiaguás, Silval Barbosa (PMDB), Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB), entram em clima de campanha já chamuscados por aliados que se envolveram em escândalos recentes e que, de uma forma ou de outra, acabam sendo lembrados por isso. Silval, por exemplo, conseguiu num acordo com o ex-governador Blairo Maggi (PR) assumir o Paiaguás e, assim, ter mais visibilidade rumo à tentativa de reeleição. Mesmo assim, a compra supostamente superfaturada de 705 máquinas doadas aos 141 municípios no final do ano passado já respinga no peemedebista.

Conforme levantamento preliminar, foram gastos pelo menos R$ 36,8 milhões a mais no pagamento do maquinário. Deste total, R$ 10,8 milhões se referem aos juros pagos a mais na compra dos caminhões e outros R$ 10,8 milhões relativos a ausência de cobrança da diferença do ICMS. Já R$ 15,2 milhões se referem aos mesmos itens só que relativos à aquisição de máquinas. Por enquanto, os investigadores tentam descobrir o grau de participação dos servidores das secretarias de Infraestrutura e Administração no procedimento, já que os pregões foram conduzidos pelas duas pastas.

O então secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, foi exonerado na semana passada. Já Geraldo de Vitto, que responde pela pasta da Administração, ainda faz parte do staff e prejudica ainda mais a imagem de Silval, que aguarda pacientemente que o secretário decida sozinho se vai ou não entregar o cargo.

Wilson Santos é outro que sofreu desgaste na reta final de seu mandato como prefeito da Capital. Apesar de ter seu processo arquivado e ser considerado inocente, o ex-procurador-geral de Cuiabá, José Antônio Rosa, teve seu nome envolvido num escândalo desencadeado após a Operação Pacenas, da Polícia Federal. O imbróglio envolvendo as obras do PAC começou em agosto do ano passado. Na oportunidade 11 pessoas foram presas e 22 chegaram a ser indiciadas. Na época, as obras foram embargadas e a prefeitura baixou um decreto que cancelou todos os processos licitatórios, supostamente fraudados. Neste ínterim, a Justiça arquivou as denúncias e o Consórcio Cuiabano e a LGL ingressaram com ações para retomar as obras de saneamento na Capital. Em princípio, uma liminar favoreceu as empreiteiras, mas ela foi derrubada pela prefeitura. Ainda restam recursos jurídicos a serem julgados para que a “novela” envolvendo as obras tenha um novo capítulo, agora, com a retomada dos serviços.

O empresário Mauro Mendes também não escapa das manchas e respingos de escândalos. Ele era ligado ao ex-governador Blairo Maggi e é acusado por seus adversários de receber incentivos fiscais "exagerados". Assim, ele teria enriquecido às custas do governo, já que muitos empresários não tiveram a mesma sorte.

Todas essas acusações começam a aparecer na época de pré-campanha e tendem a ser fortalecidas durante o período eleitoral. A tendência é que uma avalanche de críticas e troca de farpas entre os três aconteçam daqui até outubro.





Fonte: RD News

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