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Agronegócios
Terça - 04 de Maio de 2010 às 09:55
Por: Vívian Lessa

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O incremento mensal de até 9% no preço médio da saca de soja comercializada em Mato Grosso não implica em melhora da rentabilidade do setor. Conforme os dados divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) que apontam resultados positivos na cotação do grão, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, analisa que ainda não é momento para comemorar.

Segundo ele, os custos estão elevados e a rentabilidade do produtor continua baixa. "Esse cenário não tem perspectiva para se alterar tão cedo". Em Sorriso, no Médio Norte do Estado, por exemplo, a saca de 60 quilos de soja esteve cotada a R$ 27,30 na última sexta-feira (30), desempenho 9% superior ao resultado do mês passado. No município de Campo Verde a situação não se difere. O reajuste aplicado no preço do produto chegou a 6%, considerando o último preço praticado no mercado, de R$ 29,40.

O levantamento do Imea ainda aponta que em Sapezal os preços variaram entre R$ 28,90 e R$ 28,50 a saca. Em Lucas do Rio Verde os preços ficaram entre R$ 27,80 e R$ 27,20 a saca. Apesar disso, o presidente da Aprosoja-MT destaca que os produtores não estão com dificuldade para comercializar o grão. O boletim do Imea confirma que 70% da produção já foi vendida, índice que se assemelha aos resultados obtidos no mesmo período do ano passado, quando a comercialização da safra 08/09 de soja alcançava 73,4%.

A pesquisa do instituto ainda ressalta que os sojicultores mato-grossenses tiveram um custo efetivo com base no mês de março de R$ 1,237 mil por hectare (média ponderada de Mato Grosso). Neste cenário, avaliando apenas o custo variável, os produtores estão com rentabilidade positiva em R$ 58,33 por hectare, ou seja, 2,2 sacas. Se acrescentarmos a este custo as despesas com arrendamento da terra, a rentabilidade entra no vermelho, ficando negativo em R$ 35,73 por hectare. Considerando as despesas com maquinário e depreciação, a rentabilidade fica ainda mais comprometida, chegando a R$ 77,50/ha negativos.





Fonte: A Gazeta

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