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Terça - 04 de Maio de 2010 às 06:10
Por: Sonia Fiori

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O governador Silval Barbosa (PMDB) define nesta manhã, em reunião com o secretário estadual de Administração, Geraldo de Vitto (PR), no Palácio Paiaguás, sua permanência ou não no comando da pasta. Apesar da resistência dos republicanos, informações dão conta de que existe “clamor” no Palácio Paiaguás para que o secretário deixe a função. De quebra, De Vitto avisa que se existe falhas no processo, cabe a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) responder pelos erros.

A decisão sobre a manutenção do secretário na pasta pode ser fundamental num momento em que o governador tem à frente um projeto de disputa ao comando do Estado. As investigações sobre o caso do superfaturamento na aquisição dos maquinários – da ordem de aproximadamente R$ 26 milhões, estão sob o crivo do Ministério Público Estadual e já gera repercussão inclusive na Assembleia Legislativa – que exige uma posição da gestão estadual.

A crise instalada no governo leva o governador a analisar a possibilidade de exonerar De Vitto. Munido de explicações sobre o procedimento que culminou a compra dos maquinários, o secretário tentou se reunir com Silval, no início da noite de ontem. O presidente estadual do PR, Wellington Fagundes e deputados republicanos realizaram encontro com De Vitto, no fim da tarde, para discutir os encaminhamentos – que seriam posteriormente discutidos com Silval.

Devido a compromisso no Encontro Internacional de Negócios da Pecuária, (Enipec), o governador agendou para esta manhã a reunião que deve ser definitiva. Na noite de ontem, De Vitto prestou informações sobre o caso dos maquinários. Visivelmente magoado com a repercussão do episódio, ele afirmou que se houve algum tipo de falha no procedimento, cabe a Sinfra explicar.

Ele assegurou que o decreto 2.015 de 2009 estabelece que cabe a pasta executora – a realização da cotação de preços e da confecção do Termo de Referência (TR). Dessa maneira, cabe a Sinfra responder pelos indícios de sobrepreço. No certame, explicou o secretário, a SAD só é responsável pelo processo licitatório.

De Vitto assegura que a pasta, sob sua gestão, está isenta de comprometimento em relação a questão do apontamento de preços. Ele admitiu que a administração, sob a gestão do governador Blairo Maggi, não realizou a defesa necessária sobre a SAD. Mas disse que não guarda “mágoas”. Na entrevista, o secretário admitiu ainda que “como ser humano” se sente atingido pelos reflexos do escândalo. “Sou ser humano, a gente fica avaliando, não sou máquina mas amanhã (hoje) vamos conversar”, desabafou.






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