Bloqueio de balsa afeta economia de municípios do Araguaia
Há quase duas semanas municípios do Baixo Araguaia estão sendo afetados pelo bloqueio da balsa que liga as cidades ao Norte do Estado, através do rio Xingu. A interrupção está sendo coordenada por índios da região em protesto contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O rio Xingu, que tem cerca de 1870 km de extensão, nasce em Mato Grosso, segue pelo estado do Pará e deságua próximoa à foz do rio Amazonas.
A travessia é importante para os municípios do Araguaia porque é o meio de escoar o rebanho bovino para a região Norte, onde estão localizados os frigoríficos. Além disso, muitas cidades já sofrem com a falta de abastecimento de mercadorias nos armazéns.
O prefeito de São José do Xingu, Gilberto Mendes, que está em Cuiabá, disse que a situação é crítica. “Já entrei em contato com a assessoria da Presidência da República e Governo do Estado, mas não tive retorno”, salientou. Para se ter uma ideia dos prejuízos financeiros, Mendes afirma que cerca de 150 caminhões de boi passam pela balsa, semanalmente.
As lideranças indígenas mandaram um comunicado ao prefeito informando que só vão liberar a balsa quando as autoridades governamentais forem até a aldeia Piaraçu para tratar da não construção da hidrelétrica.
Além de São José do Xingu, estão sendo prejudicados os seguintes municípios: Santa Cruz do Xingu, Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Canabrava, Confresa e Santa Terezinha.
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