CGU e PF apuram "rombo" milionário nos cofres de prefeitura do Estado
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) estão realizando uma verdadeira devassa nas contas da prefeitura de Paranatinga, na gestão de Carlinhos Nascimento (PMDB), nome bastante ligado ao presidente regional da sigla, Carlos Bezerra. Segundo fontes da PF, de um total de 28 milhões de reais repassados para aquele município, constatou-se a correta aplicação de 30% do montante, ou seja, por volta de 8,4 milhões.
Os recursos teriam sido repassadas ao município através da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Já está comprovado o desvio de pelo menos 5 milhões de reais, dos quais 4,13 milhões em supostos projetos de água e esgoto, e mais pelo menos 700 mil no projeto de um mini estádio.
A PF já vem investigando desvios da Funasa em seis estados. No dia 7 de abril foi deflagrada a Operação Hygeia, para combater fraudes nas licitações e contratos feitos pela Fundação e apurar crimes de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação.
As investigações culminaram na prisão de três assessores do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB): o secretário-geral do PMDB, Rafael Bastos, o tesoureiro da Executiva estadual, Carlos Miranda e, ainda, José Luis Bezerra, sobrinho do parlamentar, tiveram a prisão decretada pela Justiça.
Ao todo, foram expedidos 35 mandados de prisão. As pessoas presas são acusadas de desviar R$ 51 milhões da Funasa. A PF já divulgou que deve indiciar 46 pessoas no inquérito.
Segundo as mesmas fontes, o ex-prefeito Carlinhos deixou de repassar os recursos para complementações financeiras para ONGs e indígenas daquela região. “Nos últimos 4 meses os recursos não foram repassados e o dinheiro desapareceu”, afirmou.
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