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Economia
Segunda - 03 de Maio de 2010 às 15:05

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O Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor caiu 1,1% em março de 2010, a quinta queda mensal consecutiva, atingindo o valor de 104,3. Tal movimento sinaliza que o crédito ao consumidor, após ter crescido de maneira bastante acelerada desde o segundo semestre de 2009, entrará numa trajetória de expansão mais moderada, a partir dos próximos meses.
 
Tal desaceleração, que deverá ter início ainda neste segundo trimestre de 2010, tenderá a ser mais acentuada durante a segunda metade do ano, tendo em vista que o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor, deslocado seis meses adiante (gráfico acima), ainda permanece acima do nível 100, ou seja, com o volume de concessões superior à sua trajetória de longo prazo.

O ciclo de elevação da taxa básica de juros (taxa Selic), iniciado em abril, determinando a curto e médio prazos o encarecimento do crédito na ponta do consumo, e a retirada dos estímulos fiscais às aquisições de bens duráveis figuram entre os fatores que irão proporcionar um crescimento mais moderado do crédito com recursos livres aos consumidores, a partir dos próximos meses, de acordo com análise dos economistas da Serasa Experian.

Já para as empresas, o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas recuou 0,2% em março perante o mês de fevereiro de 2010. Com isso o indicador atingiu o valor de 97,5. Foi o quinto mês consecutivo de variações mensais negativas, embora de menores magnitudes.

Tal configuração sinaliza que o ritmo de concessões reais de crédito às empresas, efetuadas com recursos livres pelo sistema financeiro (basicamente operações de capital de giro), devem também sofrer alguma desaceleração com o ciclo de aperto monetário. Isto porque a economia deverá diminuir o seu ritmo de expansão, atualmente na casa dos 7% ao ano, para algo mais próximo a 5% ao ano, durante o segundo semestre de 2010, conforme salientam os economistas da Serasa Experian.
 
O volume de concessões de crédito com recursos livres às empresas, ponderam os economistas, ainda se encontra abaixo do seu equilíbrio de longo prazo (nível 100), e assim ainda deverá permanecer até fins de 2010, conforme aponta o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas.






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