Popularização das ferramentas digitais impulsiona crescimento de cursos multimídia
Segundo cadastro do Ministério da Educação, 30 instituições de ensino superior oferecem o curso. Outras 26 aguardam autorização para lançá-lo.
Uma faculdade que recebeu recentemente autorização para ter a graduação foi o Istituto Europeo di Design. Até o início de 2009, seus cursos eram considerados livres. Em outubro, foram reconhecidos pelo MEC como de graduação. Assim, design digital passou a se chamar produção multimídia para se enquadrar no catálogo nacional de cursos tecnológicos.
Quem se matriculou até 2009, como Vinícius Fragoso, 21, não terá direito ao diploma quando se formar. Mas ele não liga. "Optei pelo IED pela qualidade. Nessa área não tem muita gente formada." Hoje trabalhando como freelancer em sites, quer um emprego fixo. "É um curso muito amplo. Pode formar animadores, webdesigners, programadores, profissionais de música ou artistas que trabalham com 3D."
Paula Perissinoto, coordenadora do curso no IED, diz que, no início do curso, o que desperta o maior interesse dos estudantes é a área de animação. "Eles entram querendo fazer filme, animação."
Criador e produtor da animação "Peixonauta", que faz sucesso na TV, Kiko Mistrorigo vê a profissionalização como algo positivo. "Vão surgir cada vez mais cursos, o que significa que o Brasil está levando a área a sério", afirma.
Simone Alcantara Freitas, coordenadora do curso no Senac, afirma que o mercado está em expansão. "Setores que esboçavam tímida aproximação com as mídias interativas, como o Poder Judiciário e o sistema de educação pública, beneficiados com investimentos federais em telecomunicações, certamente abrigarão profissionais egressos de cursos como os nossos."
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