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Economia
Domingo - 02 de Maio de 2010 às 16:49

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O conselho de governadores do Fundo Monetário Internacional deve aprovar um empréstimo de emergência de 30 bilhões de euros [cerca de R$ 52 bilhões] para a Grécia "durante a semana", disse neste domingo (2) seu diretor-gerente, Dominique Strauss-Kahn.

"Com o objetivo de apoiar os esforços da Grécia para colocar sua economia nos trilhos, os países membros da zona do euro prometeram um total de 80 bilhões de euros [cerca de R$ 139 bilhões de reais] em forma de empréstimos bilaterais", destacou Strauss-Kahn em um comunicado.

"Uma missão do FMI, em coordenação com representantes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, também chegou a um acordo com as autoridades gregas para apoiar este programa com um empréstimo stand-by em três anos, de 26 bilhões de DTS (direitos especiais de giro), o que representa cerca de 30 bilhões de euros ou 40 bilhões de dólares", disse Strauss-Khan.

Pacote de ajuda

Ainda neste domingo os ministros de Finanças da zona do euro decidiram que a Grécia vai receber 110 bilhões de euros (US$ 146 bilhões) em ajuda internacional entre 2010 e 2012, sendo que 80 bilhões de euros sairão do bolso dos países que utilizam a moeda europeia.

"Decidimos ativar o plano de ajuda à Grécia", anunciou em entrevista coletiva o presidente do Eurogrupo (grupo de ministros de Finanças da zona do euro), Jean-Claude Juncker.

Antes dos primeiros desembolsos, será preciso, no entanto, completar nos próximos dias a tramitação parlamentar dos empréstimos bilaterais em alguns Estados-membros.

Juncker deixou claro que as autoridades gregas terão o dinheiro até o próximo dia 19, data de um importante vencimento da dívida pública do país.

O presidente do Eurogrupo também anunciou a realização de uma cúpula extraordinária dos líderes da zona no dia 7 para fazer uma primeira avaliação da tramitação dos empréstimos em nível nacional.

Na mesma entrevista coletiva, o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, elogiou a decisão e assegurou que o programa de ajuste trienal está sujeito a estritas condições.

"É um dia importante para a Grécia e para a estabilidade financeira e o euro", afirmou o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE (União Europeia), Olli Rehn.

Medidas de austeridade

O ministro das Finanças grego, George Papaconstantinou, assegurou hoje que o país deixará seu deficit abaixo de 3% em 2014 a partir do plano de austeridade.

"Em 2014 o deficit estará abaixo de 3%", assegurou o ministro, que acrescentou que as ajudas internacionais para evitar a quebra grega vão de 2010 até inícios de 2013, e seu montante será revelado ainda hoje, em Bruxelas.

"O programa [de austeridade] implica um esforço fiscal de 11 pontos do PIB, ou seja, 30 bilhões de euros em três anos [até 2013], em adição ao anunciado no programa econômico para 2010", explicou o ministro.

Para reduzir o deficit, que em 2009 atingiu quase 14% do PIB (soma das riquezas do país), para 3,6% em 2013, o governo grego deve se comprometer com os salários do funcionalismo público, estancar as contratações e congelar os salários durante três anos.

Além disso, as aposentadorias e pensões também foram cortadas, segundo a imprensa grega. Os impostos sobre álcool, tabaco e gasolina subiram em 10%, entre outras medidas.

Com agências internacionais






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