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Sexta - 30 de Abril de 2010 às 18:01
Por: Andréa Haddad

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O secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti (PR), anunciou nesta sexta (30) a exoneração do cargo devido ao escândalo do superfaturamento superior a R$ 26 milhões na compra de caminhões e máquinas do programa “Mato Grosso 100% Equipado”. O republicano confirmou a saída do staff do governador Silval Barbosa (PMDB), em coletiva na sala de reuniões da secretaria de Infraestrutura (Sinfra). O nome mais cotado para substitui-lo é Nilton de Brito, assessor do Dnit, em Brasília, e funcionário de carreira da Sinfra.

Marchetti disse que comunicou a decisão a Silval, por telefone, minutos antes de fazer o anúncio. Ele disse que pretendia deixar o cargo em 1º de março, junto com o ex-governador Blairo Maggi (PR), mas optou por continuar no posto para ter certeza que a investigação do superfaturamento seria levada adiante. Marchetti afirmou que decidiu deixar o primeiro escalão para se preservar e evitar questionamentos de falta de transparência na investigação instaurada pela Delegacia Fazendária.  Ele também disse temer desgastes à imagem de Silval, pré-candidato à reeleição.

A notícia do superfaturamento caiu como uma “bomba” no Palácio Paiaguás, pois pode comprometer os projetos políticos de Maggi e Silval. Diante disso, membros da cúpula do PR passaram a pressionar Marchetti a deixar o governo. O processo licitatório de R$ 241 milhões foi realizado pela Sinfra e secretaria estadual de Administração, comandada por Geraldo De Vitto. A expectativa é que o próprio De Vitto também seja obrigado a “abandonar o barco”.

Ao todo, foram comprados mediante processo licitatório 408 caminhões e quase 300 máquinas para recuperação e manutenção de estradas. O dinheiro foi obtido por meio de um empréstimo contraído com o BNDES. Cada caminhão foi adquirido ao custo de R$ 246,315 mil. Nas concessionárias, porém, o mesmo modelo pode ser adquirido por valores próximos a R$ 192 milhões. 

Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, os empresários já devolveram R$ 6 milhões aos cofres públicos referente ao sobrepreço. Ele reforça que o próprio Maggi, à época em que ainda governava, solicitou à Auditoria-Geral do Estado a apuração dos indícios de sobrepreço. Após tomar posse, Silval prosseguiu o trabalho de investigação. 





Fonte: RD News

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