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Sexta - 30 de Abril de 2010 às 15:09
Por: Rubens de Souza

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Silval nega demissões, mas garante: quem tiver culpa, pagará
Silval nega demissões, mas garante: quem tiver culpa, pagará

Nenhum dos possíveis secretários que tiveram nomes envolvidos na aquisição supostamente superfaturada de máquinas e equipamentos adquiridos pelo Governo, ainda na gestão de Blairo Maggi, serão demitidos. Mas haverá punição. “Quem vai me dizer quem tem culpa no cartório são as investigações. E quem tiver culpa no cartório, vai pagar a conta” – disse nesta sexta-feira o governador Silval Barbosa,  do PMDB. Ele negou que tivesse articulando a demissão de Geraldo de Vitto, secretário de Administração, e de Vilceu Marchetti, de Infraestrutura.

Porém, é possível que os dois coloquem o cargo a disposição de Barbosa ou mesmo solicitem exoneração dos cargos que ocupam. Um ou os dois mesmo. Até o momento, segundo Barbosa, isso não aconteceu. De sua parte, as investigações devem ser aprofundadas, agora com a participação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, já que a aquisição dos equipamentos envolve recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Tentando demonstrar serenidade, mas, no fundo, profundamente irritado com os rumos da situação, Silval Barbosa garantiu que ninguém ficará impune , uma vez confirmado os atos de corrupção. Havia expectativa quanto a demissão de De Vitto e também de Marchetti depois que o senador Jayme Campos foi a tribunal do Senado e fez um duro discurso contra o Governo. Irônico, Campos disse que a empresa vencedora da concorrência das máquinas disse que tinha que superfaturar para poder pagar a propina. Ele denunciou que uma multinacional se recusou a participar da licitação por se recusar a pagar propina. De Vitto e Marchetti permaneceram no Governo após a saída de Maggi.

De acordo com cálculos efetuados pelos auditores do Estado, a partir de denuncias recebidas pelo então governador, a diferença entre o preço à vista e o preço a prazo, que foi paga indevidamente aos empresários vencedores das licitações, equivale a R$ 26.592.760,24 milhões. Os dois pregões foram realizados pela Secretaria de Estado de Administração (Sad), a pedido da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).

O Ministério Público Estadual pediu a abertura de inquérito policial, que servirá para apurar se houve qualquer beneficiamento a empresas em troca de oferecimento ou pagamento de vantagens indevidas aos servidores responsáveis pela realização das licitações.






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