Candidaturas proporcionais dominam debates na AL
A extensão da aliança que buscará a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) para as candidaturas proporcionais continua tirando o sono de parlamentares que também desejam se reeleger. Enquanto deputados estaduais do PR cobram a efetivação do chamado “chapão”, a bancada de PMDB e PT vê prejuízos na coligação e já estuda lançar chapas puras.
Sem pelo menos três grandes puxadores de votos - o prefeito de Rondonópolis José Carlos do Pátio, o ex-deputado Walter Rabello, hoje filiado ao PP, e o prefeito de Sinop, Juarez Costa –, o PMDB poderia se beneficiar com a ajuda dos demais partidos. O presidente estadual da legenda, deputado federal Carlos Bezerra, tem se mostrado defensor da coligação. Contudo, os deputados peemedebistas Adalto de Freitas, o Daltinho, e Nilson Santos se mostram contrários à aliança alegando que os republicanos sairiam beneficiados.
Santos acredita que as quatro cadeiras atualmente ocupadas pelo PMDB na Assembleia - por ele, Daltinho, Wallace Guimarães, e Antônio Brito - podem sofrer redução. Pelos cálculos do parlamentar, feitos com base no quociente eleitoral, a aliança com o PR teria capacidade de eleger até sete deputados republicanos e, no máximo, dois peemedebistas. Para ele, a saída seria manter o PT no arco e cooptar o PCdoB para o bloco lançar 48 candidatos e ampliar a possibilidade de ter parlamentares eleitos. Se optarem por chapa pura, ele lembra que o partido deverá lançar 36 nomes na disputa, sendo 20% de candidatas.
Daltinho, por sua vez, tem sido mais radical defendendo um rompimento. "Querem que o PMDB carregue o PR nas costas para eleger seus deputados. Isso não vamos aceitar”, disse Daltinho, por meio de sua assessoria de imprensa.
Os demais deputados do PMDB ainda não comentaram sobre o assunto. Antônio Brito não deve tentar reeleição.
O assunto tomou conta do parlamento e permeia as discussões entre os parlamentares desde que o presidente estadual do PR, deputado federal Wellington Fagundes, cobrou do governador Silval Barbosa o cumprimento do acordo de coligação nas proporcionais.
O pedido foi reforçado pelos deputados do PR. “É chapão ou chapão”, disse, ontem, Mauro Savi, líder do governo na Assembleia. Jota Barreto (PR) avaliou como um equívoco o posicionamento dos peemedebistas. “Quando se soma, é melhor. O PMDB tem candidatos fortes que irão se eleger com a ajuda do PR. E que venha o PT!”, afirmou o deputado.
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