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Agronegócios
Sexta - 30 de Abril de 2010 às 07:27
Por: Mariana Peres

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Mato Grosso deverá contabilizar quebra na safra 2010 do milho safrinha. Depois de projetar uma produção de 9,55 milhões de toneladas, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), reviu as projeções e crê em um volume 14% abaixo da supersafra, ou seja, de cerca de 8,73 milhões de t. Se a nova estatística se confirmar, o Estado contabilizará, ainda assim, uma safrinha recorde.

A nova estimativa foi divulgada ontem e prevê que a produtividade de 5.074 kg/hectare registrada na safra 2009 passe a 4.365 kg. Já em comparação com os números divulgados em março pelo Imea, cuja produtividade deveria atingir 4.773 kg/ha, a quebra passa de 14% (comparação anual) para 8,6%, na análise mensal.

Os números do Imea apenas confirmaram o que os produtores relatam há cerca de 15 dias. Existem lavouras no Estado onde não chove há quase um mês. De acordo com o superintendente do Instituto, Seneri Paludo, a falta de chuva foi a principal responsável por essa redução.

Conforme Seneri, esse cenário é o pior possível para o produtor, já que a estimativa de produção em 2010, em comparação com 2009, cresceu 2,7%, de 8,5 milhões de toneladas para 8,7 milhões de t. “Há uma quebra de estimativas, por enquanto, e não de fato na comparação entre os ciclos”.

Na noite da última quarta-feira, durante evento do 5º Circuito Aprosoja, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira, já antecipava aos produtores presentes à palestra que novos números do Imea mostravam uma nova média de produtividade ao milho, cerca de 72 sacas por hectare, contra média de 84,6 sacas no ano passado. “Esta ainda é uma estimativa por conta da falta de chuvas em várias regiões. Mas a quebra pode ser ainda maior se nos próximos dias não chover”, pontua Glauber.

O produtor rural João Ferreira, que planta em Comodoro (644 quilômetros a oeste de Cuiabá), explica os fatores que foram determinantes para a atual situação do milho safrinha. “Primeiro houve excesso de chuvas na colheita de soja, o que fez com que houvesse redução na área de plantio e, consequentemente, isso também vai influenciar na produtividade. Para piorar, a seca atingiu toda região oeste agora na fase de desenvolvimento do milho. Se esse regime climático continuar, acredito em até 30% de queda na produtividade”.

SOJA – Na nova estimativa para produção da oleaginosa a alteração é mínima e mantém a previsão de uma safra recorde com mais de 18 milhões de toneladas. A variação negativa prevê perda de 0,5% na comparação entre a produtividade esperada na estimativa de março com a de abril, que passa de 3.041 kg/ha para 3.026 kg/ha.






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