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Nacional
Quinta - 29 de Abril de 2010 às 23:12

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer retomar os leilões de exploração dos blocos de petróleo em julho e, para isso, reuniu os líderes da base aliada no Senado na noite desde quinta-feira para determinar que votem até o fim de maio o novo marco regulatório do pré-sal.

Lula pediu também que os senadores deixem para depois da eleição os debates sobre a distribuição dos royalties.

No encontro, foi montado um cronograma de votação dos quatro projetos que estão tramitando no Congresso. O presidente fez um apelo para que os senadores não apresentem emendas --a não ser que seja essencial-- para que a votação não retorne para a Câmara.

"Houve uma cobrança firme do presidente Lula, mais do que isso, ele fez um apelo e disse que o Congresso não pode fugir à responsabilidade de fazer o novo marco regulatório porque quer realizar leilões em julho", afirmou o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), ao deixar a reunião.

A realização de leilões na área do pré-sal, em alto-mar, está congelada desde o final de 2007.

Lula pediu empenho aos senadores e que conversem com a oposição para que os projetos sejam aprovados.

De acordo com o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), o primeiro projeto a ser votado, na segunda semana de maio, vai ser o que cria a Petro-sal. A proposta entrou na pauta da Casa sem ter ido à votação nas comissões do Senado. O PSDB ameaça obstruir a votação no plenário e defendem que a criação de uma nova estatal para o petróleo é inconstitucional.

Na sequência, os senadores devem votar o que estabelece a capitalização da Petrobras.

Por último, o governo vai tentar aprovar o projeto que prevê a criação do Fundo Social e, dentro dele, o texto que estabelece a partilha. O projeto original da partilha, que contém os royalties, vai ficar para depois das eleições.

"Fechamos uma posição com a base do governo. Vamos ter unidade na votação e queremos no mês de maio encerrar a votação dos três projetos que estão definidos para antes das eleições", disse Jucá.

Quanto ao ponto mais polêmico das discussões no Congresso, a distribuição dos royalties, Lula determinou que os senadores suspendam as negociações até o fim das eleições.

Ele acha, segundo Padilha, que as disputas regionais e a campanha presidencial podem contaminar qualquer decisão que seja tomada.

A emenda Ibsen divide, excluída a parte da União, entre Estados e municípios os royalties da exploração atual e futura de petróleo. Já pelo texto dos senadores, 30% dos royalties ficam com Estados produtores, 20,8% com municípios produtores, 5,8% com municípios afetados por embarque e desembarque e 43,3% com a União, que faria a seguinte distribuição: 16,7% para FPE, 16,7% para FPM, 3,3% para Marinha, 3,3% para Ciência e Tecnologia e 3,3% para o Fundo Especial de Meio Ambiente.






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