Polícia diz que preço da droga subiu dez vezes e quilo chega a ser vendido por R$ 2.000
Cerco ao tráfico faz maconha quase sumir em São Paulo
A descoberta da logística dos traficantes para colocar maconha no mercado brasileiro levou a uma apreensão recorde no último ano. Somado a isso, a quadrilha que age a partir dos presídios do Estado - que domina a distribuição da droga em São Paulo - decidiu priorizar o comércio de cocaína e pasta-base. Resultado: a maconha quase sumiu de São Paulo. O fenômeno, que ganhou força nas últimas semanas, tem intrigado a polícia paulista e da fronteira.
Uma das consequências da diminuição da oferta é que o preço da maconha multiplicou por dez no Estado. O quilo, antes adquirido por R$ 200, já vale até R$ 2.000, segundo o delegado Marco Antônio Paula Santos, diretor do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos).
- Detectamos que os traficantes estão com dificuldades na fronteira. Não tem passado nenhum grande carregamento.
O vizinho Paraguai sempre foi o maior fornecedor para o Brasil. A droga entrava principalmente por Foz do Iguaçu, no Paraná, e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Com o aumento da fiscalização nessas regiões, a rota entre Guaíra, no Paraná, e Salto del Guairá, no Paraguai, ganhou importância.
Em 2009, depois de um trabalho conjunto entre Polícia Federal, Ministério Público do Paraná e Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, foram apreendidas 44 toneladas da droga. Nos dois anos anteriores, as autoridades haviam apreendido um total de 38 toneladas. Também foram presos, em 2009, cinco importantes fornecedores de maconha do Paraguai. Mais de 200 mulas, os pequenos traficantes, foram detidas na região.
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