Integrante da base aliada, PP está rachada sobre apoio a Dilma
A Executiva Nacional do PP, reunida nesta quarta-feira, fixou o final de maio como prazo para que os diretórios regionais do partido apresentem um relatório com detalhes sobre os impasses numa eventual coligação com o PT ou PSDB. "Assim poderemos pesar e avaliar o partido em âmbito nacional. Queremos que tragam os problemas de alianças para decidir", disse o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ).
O senador reconhece que o cenário político mudou dentro do partido. Na última avaliação interna, a maioria da legenda era favorável à coligação com Dilma. Agora, o PP estima que um terço dos seus filiados apoie a aliança com o PT, enquanto outro terço se mostra favorável a Serra. O resto do partido defende a neutralidade.
"O partido está bem dividido. Vamos resolver tudo isso até junho", disse o vice-presidente da legenda, deputado Ricardo Barros (PR).
Na reunião da executiva, deputados do PP afirmaram que o convite para uma eventual composição de chapa com Serra não pode ser descartado. "Ficamos felizes com essa possibilidade, que ainda não ocorreu", disse o deputado Antônio Cruz (PP/MS).
O PP é cortejado pelo PT e pelo PSDB, especialmente pelo seu tempo no programa eleitoral de rádio e TV --estimado em cerca de 1 minuto e 20 segundos. O PSDB cogita a possibilidade de oferecer a vice-presidência a Dornelles para conquistar o apoio do partido, enquanto o PT trabalha nos bastidores para manter a fidelidade da legenda a Dilma.
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