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MT Eleições 2014
Quarta - 28 de Abril de 2010 às 13:36
Por: Patrícia Sanches

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O ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) tem consciência de que a disputa à senatória deste ano será acirrada, mas aposta na experiência adquirida no Congresso para vencer nas urnas. "Embora a eleição seja difícil, tenho possibilidades. Posso perder, mas também posso ganhar", avaliou nesta quarta (28) o tucano, em visita ao RDNews. Além dele, também oficializaram a pré-candidatura o deputado federal Carlos Abicalil (PT), o ex-governador Blairo Maggi (PR) e o ex-procurador Pedro Taques (PDT). Em outubro estarão em jogo duas cadeiras no Senado. "Acredito que todos têm chances reais de vencer, mas não posso ignorar que Maggi é o favorito. Trabalho com pesquisas e vou fazer uma campanha 100% propositiva", informou.

Ele frisa que foi o autor de denúncias que mudaram o cenário político nacional. A avalanche de acusações culminou na queda dos então secretários petistas de Lula, José Dirceu e Antônio Palocci, que tiveram o nome envolvido no escândalo conhecido como "mensalão". Dirceu, que era ministro-chefe da Casa Civil, deixou o governo em junho de 2005 sob acusação de ser o mentor do esquema de corrupção. Acabou tendo o mandato de deputado federal cassado e está inelegível até 2015. Palloci, por sua vez, atuava como ministro da Fazenda e renunciou. "Fiz a denúncia contra Waldomiro Diniz (ex-assessor da Casa Civil) e também sobre o caso do Caseiro de Palocci (Francenildo Santos Costa). Aqueles fatos mudaram o cenário político", relembra Antero. Esses dois personagens foram pivos da queda de Dirceu e Palloci, que eram tidos como homens-fortes de Lula. "Também denunciei José Roberto Arruda no caso do painel eletrônico do Senado (o então senador renunciou em 2001)", afirmou o tucano, deixando claro que esses fatos devem ser algumas de suas bandeiras na disputa pelo Senado.

Apesar de apostar no passado para angariar votos, o ex-senador formula propostas que lhe deem a visibilidade necessária para disputar a eleição em pé de igualdade com os oponentes. Pontua, por exemplo, projetos voltados à segurança. Vai buscar apoio do governo federal para que o exército ou a guarda nacional auxilie no monitoramento dos mais de 700 km da fronteira de Mato Grosso. "Também quero buscar a isonomia dos Estados. Todos devem ter os mesmos direitos que o Distrito Federal". Polêmico, o tucano defende a não punição aos produtores que desmataram na época em que era permitido. "Naquela época eram incentivados a desmatar, não acho justo que sejam perseguidos e punidos. Não defendemos a compensação e quem fez errado depois da nova legislação deve ser punido".

Na entrevista, Antero demonstrou empolgação com a campanha e, ao ser perguntado sobre os motivos que o levaram a abdicar do projeto político voltado à Assembleia, ele revela que não foi uma opção pessoal, mas sim político-partidária. Salienta que, se vencer nas urnas, juntamente com o presidênciável José Serra (PSDB), fortalecerá Mato Grosso.

Entretanto, no caso de Dilma Rousseff (PT) ganhar a disputa, ele entende que será necessário impedir que ações anti-democráticas, como o fechamento e restrição da atuação da imprensa e a não criminalização de atos feitos por determinados grupos, ocorram no país. "Nunca imaginei que o PT seria uma ameça à democracia. Existem coisas graves que precisam ser impedidas", alertou.





Fonte: RD News

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