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Nacional
Segunda - 26 de Abril de 2010 às 19:19

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O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, negou ontem que o Brasil seja "amigo" ou esteja "defendendo" o Irã nas questões envolvendo o programa nuclear daquele país.

De acordo com Garcia, a tese de que o Brasil está do lado do presidente Mahmoud Ahmadinejad está sendo passada pelos jornalistas. O Brasil, segundo ele, defende apenas uma solução diplomática para o enriquecimento do urânio para fins pacíficos enquanto "outros países" querem "satanizar" o país persa, se referindo à posição norte-americana que defende restrições comerciais.

"Nós não estamos defendendo o Irã coisa alguma. Nós queremos negociar com o Irã uma solução pacífica para esse impasse. Outros países querem satanizar o Irã, excluindo através de uma série de sanções que não vão ter nenhum efeito a não ser solidificar mais o Irã contra uma suposta ameaça externa."

Garcia minimizou declaração de Ahmadinejah de que seu país está sendo satanizado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organizações das Nações Unidas). Disse que satânico no Irã não quer dizer o mesmo que no Brasil, no entanto, não explicou o significado que teria sido utilizado pelo presidente iraniano.

"Satânico lá significa uma determinada coisa, como num certo momento para o [ex-] presidente [George] Bush eixo do mal significava uma certa coisa", disse.

Garcia afirmou que o Brasil quer que o Irã seja submetido às inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), mas questionado se Ahmadinejad não aceitar a condição, desconversou e disse que espera que o uso da energia nuclear seja para fins pacíficos.






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