Em 2009 Banco Central recolheu 5,154 mil notas em diferentes, que foram lançadas no comércio e prejudicou empresários e consumidores
MT: Perdas com cédulas falsas durante 2009 somam R$ 203,6 mil
A circulação de cédulas falsas, em todo do ano de 2009, gerou impacto negativo de cerca de R$ 203,638 mil no bolso dos comerciantes e consumidores de Mato Grosso. Segundo o Banco Central (BC), no ano passado foram apreendidas 5,154 mil notas falsas de todos os valores em território mato-grossense. As mais falsificadas foram as de R$ 50, com 3,141 mil cédulas, o que corresponde a 60,9% da quantidade total de notas falsificadas. O número total é 129,8% superior ao que foi apreendido em 2008, quando 2,242 mil cédulas foram recolhidas do mercado. É também 74,23% maior que a apreensão ocorrida em 2007, que tirou 2,958 mil cédulas falsas do comércio estadual.
Para o perito criminal e consultor na área de segurança bancária, Arnaldo Ferreira dos Santos, a circulação de notas falsas do mercado é inevitável. Ele considera ainda que no segundo semestre deste ano, quando o Banco Central lançará no mercado a nova "cara" da moeda brasileira, esse fator negativo pode aumentar ainda mais. Ele avalia que as falsificações circulam à medida que as originais são lançadas. "Assim como ocorreu quando lançaram a nota de R$ 20, os falsários aproveitaram o desconhecimento da população e introduziram no mercado cédulas de aparências grotescas". Essa constatação, segundo ele, pode se repetir com a chegada das novas cédulas.
Sobre os riscos para a população e ter o prejuízo sobre o próprio bolso, Santos explica que, para isso, são divulgados elementos de segurança que impedem o consumidor de ser lesado. Porém, ele ressalta que essas características, para as novas cédulas, ainda não foram reveladas pelo Banco Central. "Esse cuidado é para evitar que os falsários entrem em ação antes mesmo da nota estar oficialmente no mercado". Conforme ele, o que se sabe é a personalização de cada cédula, que terá tamanho diferenciado de acordo com o valor.
Essa é a mesma dica dada pelo especialista Arnaldo Ferreira dos Santos. Segundo ele, a melhor forma de não ter prejuízo é saber identificar as notas por meio do toque. O empresário Altair Magalhães, dono de uma rede de supermercados, também confirma. "A melhor forma para não ser lesado é saber reconhecer a nota falsa da verdadeira". Para isso, ele diz que os cursos de capacitações são essenciais para os funcionários. "De 3 em 3 meses, ensinamos os contratados como reconhecer as falsificações".
Segundo ele, é raro passar cédulas falsas pelos caixas. "Quando acontece, encaminhamos direto para o Banco Central e ficamos apenas com o prejuízo". A consumidora Maria Silva (nome fictício), conta que já foi vítima da falsificação de notas. Ela diz que, quando trabalhou em um estabelecimento comercial deixou passar uma cédula falsa e teve que pagar (literalmente) pelo descuido. Precavida, Maria diz que não caiu no erro novamente. "Aprendi a identificar a nota falsa. E quando algum consumidor tentava passar com uma cédula pelo caixa, ele era alertado".
Conforme a entidade, a simples falsificação da carteira de identidade é responsável por 72% dos golpes aplicados no comércio e bancos. Para isso, é possível avaliar o alto relevo da foto; falta das perfurações com as iniciais do órgão e do Estado emissor sobre a parte de baixo da foto; data de nascimento que indique muita diferença de idade entre o registrado e a aparência da pessoa que a apresenta o documento são algumas falhas que podem denotar falsificação. No caso dos cheques, é preciso observar as linhas. Nas folhas verdadeiras elas não são interrompidas pelas outras linhas onde o emissor colocará a descrição de valores, data, etc. E ainda verificar se a numeração do cheque está repetida na tarja magnética.
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