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Internacional
Sábado - 24 de Abril de 2010 às 17:07

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, fez um apelo neste sábado para que o FMI (Fundo Monetário Internacional), a União Europeia e o governo grego ajam de maneira rápida para solucionar a crise fiscal daquele país.

As declarações foram feitas após negociações entre o FMI e autoridades europeias, durante o encontro do Fundo que está sendo realizado em Washington, nos Estados Unidos.

Segundo o Departamento do Tesouro americano, paralelamente ao encontro, Geithner manteve negociações com o ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, e com o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

Geithner também pediu que o FMI e os países da zona do euro elaborem um pacote de reformas e de apoio financeiro para colocar um fim à crise.

"O secretário Geithner os encorajou a agirem de maneira rápida para colocarem em prática um pacote de reformas fortes e de apoio financeiro substancial e concreto", diz um comunicado divulgado pelo Departamento do Tesouro.

Ajuda

Na última sexta-feira, a Grécia pediu formalmente ajuda da União Europeia e do FMI para tentar tirar sua economia da grave crise, um dia depois do anúncio de que o deficit público do ano passado --de 13,6% do PIB (Produto Interno Bruto)-- é maior do que o anteriormente calculado e quase o dobro que o registrado no ano anterior.

As discussões sobre o pedido de empréstimo emergencial da Grécia --que totaliza 40 bilhões de euros no primeiro ano-- dominaram o encontro do FMI.

Pelas negociações, os países da zona do euro contribuiriam com 30 bilhões de euros e o resto seria emprestado pelo Fundo.

Os termos do empréstimo, no entanto, ainda não foram acordados, mas o diretor-geral do Fundo afirmou que o organismo agirá de "maneira rápida" para responder ao pedido grego.

Protestos

A Grécia necessita do montante até o final deste mês, quando vence uma parte de sua dívida.

Autoridades da Alemanha também prometeram contribuir com a Grécia, mas a ajuda recebe forte oposição popular entre os alemães, o que fez com que a chanceler Angela Merkel afirmasse que o empréstimo só sairá se os gregos cumprirem algumas condições "estritas".

O governo grego já tomou uma série de medidas de austeridade, incluindo cortes nos salários de funcionários públicos e aumento de impostos. As medidas sofreram forte oposição na Grécia, motivando protestos e greves.

Segundo o correspondente para assuntos econômicos da BBC, Andrew Walker, a Grécia terá que tomar medidas duras em relação a impostos e aos gastos do governo para estabilizar a dívida do país.






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