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MT Eleições 2014
Sábado - 24 de Abril de 2010 às 11:16
Por: Romilson Dourado

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A senadora Serys Marly já sinalizava para apoio a Mauro Mendes (PSB) ao governo estadual antes mesmo da prévia do PT do último domingo, da qual saiu derrotada do projeto à reeleição. Um dos que motivaram-na a optar pela pré-candidatura do empresário em detrimento da do governador Silval Barbosa (PMDB) foi nada menos que Luiz Antonio Pagot, que pertence ao PR. As amarrações foram feitas nos bastidores. Publicamente, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes desconversa. Para não expôr o clima de racha, prefere dizer que apoia Silval. Pagot é afilhado político do ex-governador Blairo Maggi, que está em pré-campanha ao Senado. A dois meses das convenções e a cinco das eleições gerais, os pré-candidatos majoritários começam a conviver com conspirações e traições.

No Palácio Paiaguás existe clima de desconfiança de que Pagot, com a conivência de Maggi, está puxando parte do PR para os braços de Mendes, que deixou a legenda republicana para se filiar ao PSB e tentar construir o que se convencionou chamar de terceira via. Entre as pessoas as quais o empresário consultou para poder tomar a decisão partidária estavam Pagot e os deputados estaduais Percival Muniz e Otaviano Pivetta, dirigentes do PPS e PDT, respectivamente. Pagot tem dito nos bastidores que considera Silval um candidato fraco, embora o peemedebista já desponta com ligeira vantagem nas intenções de voto, e que Mendes possui perfil mais parecido com o de Maggi, com atuação mais técnica que política e visão moderna.

Silval começa a ser apunhalado pelas costas, como se diz no jargão político, dentro de praticamente todos os partidos que comporão o arco de alianças. Não terá o PT por inteiro por causa da birra de Serys, que se mostra revoltada por ter perdido para o deputado federal Carlos Abicalil o direito de concorrer ao Senado. Antes mesmo de comunicar à imprensa que passaria a fazer campanha para Mendes, a senadora avisou Pagot da decisão. Em nome da conjuntura nacional, que mostram PT e PR na mesma base do presidente Lula, Serys e Pagot se reaproximaram, após divergências nas eleições de 2006 quando a petista disputou o Paiaguás e foi derrotada por Maggi.

No PR, Pagot conspira. Ex-secretário de Infraestrutura, da Casa Civil e de Educação do governo Maggi, Pagot se mostra mais simpático e próximo do projeto de Mendes. O PMDB não conseguiu fechar a unidade em torno do nome de Silval, o que deixar expor clima de racha. O prefeito de Rondonópolis Zé do Pátio, por exemplo, já avisou que seu candidato a governador é o tucano Wilson Santos.





Fonte: RD News

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