Apoio a Dilma e movimento anti-Serra dividem UNE
Até o momento, não é possível definir qual é a tendência mais forte da entidade, que agrupa militantes de todos os partidos, em especial os de esquerda. No entanto, a tese, que ganha mais força neste segundo dia de congresso, é da aprovação de uma monção anti-Serra.
"Pretendemos aprovar um programa que possa servir de base dos estudantes ao processo eleitoral", afirmou Augusto Chagas, presidente da UNE e militante do PC do B.
O estudante avaliou que a defesa da candidatura de Dilma pode ser temerária. "A UNE deve preservar certa independência. No entanto, não deve ser neutra durante as eleições", disse.
A UNE deve repetir este ano a campanha feita em 2006 quando lançou um movimento contra o candidato tucano Geraldo Alckmin, que disputa a eleição contrava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A diferença é que agora a entidade fará uma campanha contra Serra, que foi presidente da UNE entre 1963 e 1964.
O congresso da UNE acontece na semana que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou um projeto enviado pelo governo Lula que estabelece o pagamento de indenização de R$ 15 milhões para a entidade por conta do incêndio em sua sede na ditadura militar.
O processo deve passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde a decisão será terminativa. Depois do Senado, para que a entidade receba o dinheiro, o processo precisará passar pela sanção do presidente Lula.
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