Irã retira candidatura para Conselho de Direitos Humanos da ONU
Jabed Faizal, membro da missão das Maldivas na ONU, disse nesta sexta-feira que o Irã anunciou sua decisão em um encontro com países asiáticos membros da organização mundial --que preparam sua lista de candidatos ao conselho para a votação do próximo mês.
O Conselho de Direitos Humanos conta atualmente com 47 membros, tem base e Genebra e visa a monitorar os direitos humanos em todo o mundo.
Um diplomata ocidental disse que Teerã retirou a candidatura por saber que não teria os votos necessários para garantir a cadeira, o que seria um constrangimento ao país.
Irã disse ao grupo de países asiáticos que estava retirando sua candidatura "em interesse de solidariedade com o resto do grupo".
Em fevereiro deste ano, o Irã recebeu fortes críticas durante a sessão do conselho dedicada ao Exame Periódico Universal do Irã, uma avaliação obrigatória para todos os países da ONU.
As críticas sobre violações aos direitos humanos no Irã são relacionadas à repressão dos protestos eclodidos após as eleições de junho do ano passado, vencidas pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e contestadas pela oposição.
Os membros do painel, em particular os Estados Unidos e o Reino Unido, condenaram a sangrenta repressão dos protestos, assim como o elevado número de execuções e outras violações dos direitos humanos.
Peggy Hicks, da ONG Human Rights Watch, elogiou a decisão iraniana como "algo bom" e avalia que a retirada deveu-se "a crescente oposição global" à candidatura iraniana.
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