Governos estadual e federal vão pedir ajuda do Itamaraty
O diretor-presidente da Pantanal Energia, Fábio Garcia, informou ontem, após reunião na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, que os governos estadual e federal farão um novo esforço junto ao Itamaraty, pedindo celeridade do governo boliviano em relação à anuência que permite que a estatal nacional possa ser fornecedora de gás natural a Mato Grosso e assim, reativar as turbinas da usina térmica UTE Mário Covas, planta pertencente à holding Pantanal Energia. A unidade, que teve os contratos de fornecimento suspensos pelo país vizinho, está sem gerar energia há 32 meses.
Como explica o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf – presente à reunião – a Petrobras está esperando uma posição da estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) sobre o fornecimento do gás para o Estado. “Só a partir desta posição da empresa estatal boliviana é que será possível começar a estudar como será feita esta operação na prática”. O contrato entre Petrobras e a YPFB prevê apenas um ponto de entrega em território brasileiro e para haver outro, já na divisa da Bolívia com Mato Grosso, é preciso o aval daquele país. O pedido de envio de 2,2 milhões de metros cúbicos (m³) ao Estado, dos 30 milhões entregues diariamente à Petrobras, foi oficializado à Bolívia há mais de uma semana e até o momento não houve resposta.
Garcia considerou a reunião produtiva, já que ficou ratificado mais uma vez o interesse de cooperação da estatal nacional, “mas é uma disposição que, por enquanto, esbarra na Bolívia, e temos de acelerar esta resposta”. Durante o encontro com o diretor-executivo da Petrobras, Eduardo Castro, Garcia disse que a Pantanal iniciou a discussão de tratativas comerciais, uma espécie de um esboço de futuro contrato entre a Pantanal Energia e a Petrobras. “Apenas algumas estruturações, mesmo porque dependemos da Bolívia”.
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