Segundo o presidente Lula, o objetivo da viagem de Amorim é "preparar bem" seu encontro com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que está programado para o dia 16 de maio.
"Queremos preparar bem a viagem e saber quais são as possibilidades que nós temos de fazer com que a Agência (Internacional de Energia Atômica) e o Irã cheguem a um acordo", disse o presidente Lula, logo após um encontro com o presidente do Líbano, Michel Suleiman, que está em visita ao Brasil.
Antes de chegar a Teerã, Amorim deverá ainda passar por Rússia e Turquia. Os dois países têm sido cotados como depositários fiéis na troca de urânio com o Irã, conforme a principal proposta sobre a mesa.
Um representante da diplomacia brasileira disse à BBC Brasil que a viagem de Amorim a Teerã "já estava programada" e que o objetivo é "amadurecer" as negociações e, assim, "preparar o terreno" para a vista do presidente Lula ao país.
“Omissão”
O presidente Lula disse que o Brasil tem "autoridade moral e política" para discutir a questão nuclear iraniana, citando o fato de que a Constituição brasileira proíbe o uso da energia nuclear para fins militares.
Lula também defendeu o uso da energia nuclear como uma saída às mudanças climáticas. "Precisamos cada vez mais de energias limpas", disse.
Questionado sobre um possível risco à diplomacia brasileira na aproximação com o Irã, o presidente Lula disse que o risco, nesse caso, "é da omissão".
"O risco maior que eu poderia ter era me omitir, achando que só alguns países podem cuidar da paz", disse o presidente.
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