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Economia
Quinta - 22 de Abril de 2010 às 15:58

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A taxa de câmbio brasileira ficou mais alta após dois dias de perdas, em um dia de maior nervosismo nos mercados pelo deficit grego, maior do que inicialmente estimado pelo próprio governo desse país e pelas autoridades europeias.

Esse país atravessa uma situação delicada: enquanto negocia o acesso aos empréstimos oferecidos pela UE e FMI, tem dívidas bilionárias a vencer no curto prazo. O fato do mercado cobrar juros cada vez mais altos para adquirir os títulos da dívida grega sinaliza o grau de desconfiança dos agentes financeiros.

Em um ambiente de maior aversão ao risco, o dólar comercial permaneceu pressionado durante todo o dia, encerrando o expediente no preço de R$ 1,758, em um avanço de 0,68% sobre o fechamento de terça. As taxas oscilaram entre R$ 1,772 e R$ 1,757. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,870, em alta de 0,53%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem leve baixa de 0,03%, aos 69.296 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,66 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,06%.

Em comparação com a cena externa, o noticiário doméstico não foi mais tranquilizador. Por aqui, o Banco Central revelou que o país teve o pior saldo em conta corrente (transações externas) desde 1947 no primeiro trimestre. Somente os gastos de turistas brasileiros no exterior aumentaram 74% nesse período, enquanto o volume de investimentos estrangeiros diretos (US$ 5,7 bilhões) somente teve um crescimento moderado face ao ano passado (US$ 5,3 bilhões).

O BC também apontou um saldo positivo de quase US$ 1 bilhão (US$ 977 milhões) no fluxo cambial deste mês (até o dia 16), quase o triplo do registrado no mesmo período em 2009 (US$ 353 milhões).

Juros futuros

No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas voltaram a cair, nos contratos de maior volume financeiro.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista cedeu de 10,18% ao ano para 10,16%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada retraiu de 10,71% para 10,69%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa prevista rebaixou de 12,11% para 12,09%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.






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