Novo órgão vai sugerir mudanças na prova e fazer avaliação contínua das decisões
Enem deve ter conselho gestor formado por faculdades públicas
O comitê deve reunir representantes das faculdades públicas do país - Andifes (associação dos reitores das universidades federais), Abruem (associação dos reitores das universidades estaduais e municipais) e Conif (conselho de reitores dos institutos de educação federais).
Além dos três órgãos, farão parte da comissão o Inep (instituto do MEC responsável pelo Enem) e o próprio ministério.
A ideia é que o conselho sugira mudanças e faça avaliações permanentes do Enem, para aperfeiçoá-lo. Todos os aspectos do exame, inclusive logística e segurança, devem entrar nas discussões.
A assessoria do ministério confirmou a proposta, mas não estipulou prazo para sua implantação. Na avaliação do MEC, o conselho gestor deve aumentar a participação das instituições de ensino superior no Enem. A pasta, entretanto, ressaltou que o projeto é "embrionário".
Opinião das faculdades
Dirigentes dos órgãos que representam as universidades também foram ouvidos pelo R7.
João Carlos Gomes, presidente da Abruem e reitor da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), afirma que o ministro fez um convite há 15 dias para que a entidade integre o novo conselho.
- A proposta é fortalecer o próprio Enem, manter uma revisão permanente do sistema.
Ele ressalta que, apesar de o comitê poder sugerir mudanças em tudo, é o Inep que tomará as decisões finais. O instituto continua como responsável pelas questões operacionais do exame e o conselho será apenas consultivo.
O presidente da Andifes, Alan Barbiero, avalia que o novo conselho vai permitir que as universidades "autorregulem" a aplicação do Enem.
- Deve ser um mecanismo de controle das faculdades, de forma que elas participem mais na organização da prova.
Medo das eleições
O R7 apurou junto à Andifes que uma das razões para o novo comitê é o medo das faculdades de que o novo Enem seja descartado após as eleições.
Dirigentes afirmam que uma eventual mudança na presidência da República, e consequentemente no MEC, fragilizaria o novo formato da prova.
Comentários