Silval cobra punição a peemedebistas presos na Hygeia
Diante do marasmo do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, o governador Silval Barbosa (PMDB) cobrou providências e o afastamento imediato dos peemedebistas presos na Operação Hygeia, acusados de fazerem “lobby” e direcionar as licitações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
“Eu defendo o afastamento deles e o presidente tem de tomar uma providência imediata”, afirmou Silval em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.
Silval teme que a prisão dos correligionários possa respingar na campanha à reeleição e por isso torce para que uma punição seja dada aos acusados, para amenizar a crise instaurada no partido.
No dia 7 de abril a Polícia Federal deflagrou a Operação Hygeia que resultou na prisão do secretário-geral do PMDB, Rafael Bastos, o tesoureiro regional Carlos Miranda, e Jose Luís Bezerra, sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra.
O presidente do partido até então não se manifestou sobre as providências que serão tomadas, até porque, todos os envolvidos estão fortemente ligados ao parlamentar. Bastos era considerado o braço direito de Bezerra, crescendo rapidamente no partido, sendo empossado este ano como secretário-geral do PMDB.
Miranda também tinha a missão de intermediar a relação do empreiteiro Valdebran Padilha e o irmão Waldemir Padilha com a Funasa. Em interceptações telefônicas, constatam-se conversas entre Miranda e o "aloprado" do PT sobre empréstimos e recursos que seriam do Estado.
No processo, José Luis Bezerra é acusado de influenciar na administração da Funasa, seja na eleição de prioridades, seja no direcionamento de seu orçamento e contratações de pessoas. Em conversa com o coordenador da fundação em Mato Grosso, Marco Antônio Stangherlin, interceptada pela Polícia Federal durante as investigações, demonstra a influência de José Luis em assuntos internos do órgão.
Todos os assessores de Bezerra foram soltos depois de 10 dias presos, após conseguirem um habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal. Ao todo, a PF calcula que o esquema desviou cerca de R$ 50 milhões dos cofres públicos.
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