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Quinta - 22 de Abril de 2010 às 09:34
Por: Patrícia Sanches

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Sem alarde, o prefeito de Várzea Grande Murilo Domingos (PR) terceirizou os serviços do DAE, que passam a ficar sob a tutela do Consórcio Águas de Várzea, que terá a missão de reestruturar o DAE e implementar um novo modelo de fatura de água, além de instalar 40 mil hidrômetros, conforme revela A Gazeta desta quinta (22). A celebração do contrato, com duração de 60 meses, ocorreu em 11 de março e a prestação dos serviços vai custar R$ 33,7 milhões ao erário. O curioso é que no início de abril, durante a posse do novo secretariado, Murilo garantiu que este tipo de tercerização não ocorreria tão cedo e que o procedimento estava apenas em fase de análise.

A medida adotada pelo republicano, que já anda com a imagem desgastada, deve causar polêmica. A falta de água nas residências da segunda maior cidade do Estado é grande e a população tende a ficar revoltada ao receber a fatura sem ter o produto ou recebê-lo com baixa qualidade. O contrato com o consórcio prevê ainda a informatização do sistema para detectar as linhas lirregulares, mas conhecidas como "gatos", além da implantação do sistema de geoprocessamento para saneamento ambiental a em pelo menos 30 mil ligações. Murilo aproveitou a tercerização do serviço para se eximir de qualquer responsabilidade relativa às ligações clandestinas ou hidrômetros violados. A previsão é que o novo modelo de exploração da água amplie para R$ 3,6 milhões a arrecadação mensal, que hoje é de R$ 1,4 milhão.

Além da tercerização por 60 meses, Murilo estuda implementar um sistema parecido com o que a Sabesp, por exemplo, faz em diversas cidades de São Paulo. A companhia de saneamento é responsável pelo sistema por 20 anos e, em troca, apresenta um plano de investimentos a longo prazo, que contemplam até operação tapa-buracos. A dúvida neste caso tange quanto a algumas cláusulas do contrato já que estas empresas não costumam devolver a “estrutura” construída de graça. Quando o contrato vence, sustentam que a prefeitura deve comprar de volta as redes de água e esgoto e, com isso, em um ciclo sem fim, os contratos acabam sendo renovados. Neste caso, Murilo garante que as obras passam a fazer parte do patrimônio de Várzea Grande e que após 20 anos a prefeitura voltaria a gerir o sistema.





Fonte: RD News

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