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Saúde
Quarta - 21 de Abril de 2010 às 22:00

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Já é sabido que o homem foge do consultório e só vai ao médico se a mulher mandar. Uma pesquisa revela agora que mesmo aqueles que procuram um médico não costumam facilitar a vida do profissional.

Cerca de 30% dos pacientes mentem no consultório, estimam médicos do Hospital 9 de Julho, que realizou levantamento informal entre os profissionais relacionados à saúde masculina. Vida sexual, alimentação, sedentarismo, automedicação, tabagismo e peso --eles também querem esconder a barriga-- estão entre os temas mais delicados para os homens.

"Muitas vezes o paciente conta uma história, mas o exame físico não bate com ela", relata o urologista Anderson Kavano. "Conversamos então sobre outros assuntos e vou conduzindo a conversa. Às vezes, ele só fala o que o aflige no final da consulta."

É comum a omissão de uma relação extraconjugal no caso de uma DST (doença sexualmente transmissível) ou a ausência de queixa de desconforto na região da próstata mesmo com o crescimento acelerado da glândula. "Ele faz de tudo para não passar pelo chamado "toque retal". Ainda há muito tabu em torno desse exame."

Narrar aquela eventual ida à padaria como uma longa caminhada diária é outro evento recorrente no consultório. Mas, no que se refere às atividades físicas, o contrário também acontece, especialmente na frente do ortopedista: após cirurgias que requerem repouso absoluto dos membros inferiores, por exemplo, alguns pacientes juram não terem apoiado o pé no chão --mesmo que um simples raio-X mostre o contrário.

"A omissão de dados pode levar ao pedido de um exame complementar equivocado, retardando o tratamento", ressalta Kavano.






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