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Brasil Eleições 2012
Quarta - 21 de Abril de 2010 às 20:15
Por: Claudio Leal

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Dilma:
Dilma: "pesquisa não é última palavra sobre o momento"

A pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira, em São Paulo, que Michel Temer (PMDB) seria um bom vice para compor com ela a chapa de disputa da Presidência da República. Dilma foi entrevistada pelo apresentador do Brasil Urgente, José Luiz Datena, na sede da Band, em São Paulo.

"Eu acho que ele é um bom vice. Precisamos ver se ele será indicado pelo PMDB. Eu não posso indicar, mas acredito que ele seja muito qualificado, credenciado. para a disputa."

Dilma disse ainda que não irá brigar com os institutos de pesquisa, apesar de aparecer em desvantagem em relação ao pré-candidato do PSDB, José Serra, nos últimos levantamentos.

Nesta quarta-feira, o Ibope divulgou que Serra tem 36% das intenções de voto para a presidêncida da República contra 29% de Dilma. "Estou saindo lá de baixo e estou chegando aqui. É um sinal do momento. Os ventos mudam... Eu acredito que a pesquisa é um ponto, uma referência, mas não serve para dizer como vão ser as coisas daqui para a frente. Eu não vou brigar com o instituto. Vou respeitar o instituto. Não pode desconsiderar, mas não é a última palavra sobre o momento", disse.

Nesta semana, o PSDB a teve acesso aos formulários da pesquisa divulgada pelo instituto Sensus, de Belo Horizonte, no último dia 13 de abril, que apontou empate técnico entre os dois candidatos. O partido justifica o pedido com o argumento de que pode ter havido fraude.

Durante a entrevista, Dilma também rejeitou a "acusação" do PSDB de que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não saiu do papel. "A prova que saiu do papel é o rodoanel, que teve participação do governo federal." O trecho sul do Rodoanel é uma das bandeiras de campanha de José Serra.

O pré-candidato do PSB, Ciro Gomes, foi elogiado pela ex-colega do governo Lula. "Ciro foi um companheiro de primeira hora, ele tem toda a legitimidade para pleitear o que quiser", defendeu. A candidatura Ciro passa por abalos no PSB.

Tortura na TV

Durante a entrevista, o apresentador Datena insistiu para que Dilma desse detalhes das torturas sofridas em sua prisão, em 1970, na Operação Bandeirantes (Oban), em São Paulo. Constrangida, a ex-ministra respondeu que os torturadores utilizaram métodos disseminados na América Latina, como choque elétrico, palmatória e pau-de-arara. "Fiquei por quase um mês no inferno".

A petista negou que desejasse o comunismo no Brasil, ao militar na organização VAR-Palmares. "Era por um país socialista", destacou. "A gente entrou na vida adulta quando acabaram de tirar um presidente eleito. Não acreditávamos que poderíamos ter uma democracia".

Num tom caseiro, Datena declarou-se amigo do presidente Lula ("em minha opinião, fez o maior governo da história"), deu palpites sobre o combate às drogas e postulou um ministério. Iniciou o programa com uma pergunta sobre o estado civil de Dilma (solteira) e encerrou com um pedido musical: a petista, outra vez intimada, entoou o tango "El Día Que Me Quieras", de Carlos Gardel. Arranhou, e sorriu.

Na saída da emissora, Dilma evitou, inicialmente, conversar com os jornalistas, mas voltou a se referir à postura do concorrente: "Não vou brigar com instituto. Se a pesquisa diz que estou por cima, se diz que estou por baixo... Não importa, eu respeito". Entretanto, garantiu que não se referia a Serra. Nesse momento, foi interrompida por uma repórter do programa CQC, interessada em suas plásticas. "Quem quiser fazer, acho que pode... Em nós (mulheres), aparece mais". E seguiu para o aeroporto.






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