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Economia
Quarta - 21 de Abril de 2010 às 11:24

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O FMI (Fundo Monetário Internacional) espera que os países cresçam a taxas muito distintas neste ano, como resultado dos impactos diferentes da pior crise mundial desde os anos 30 em cada economia, conforme o relatório "World Economic Outlook" (Panorama da Economia Mundial), divulgado nesta quarta-feira.

O Brasil, na visão dos especialistas do Fundo, faz parte do grupo de nações que já precisa se preocupar com o risco de um potencial "superaquecimento" da demanda doméstica e está mais próximo, portanto, de um "ponto de virada" em suas políticas de estímulo.

"No Brasil, o crescimento em 2010 é previsto para atingir 5,5%, puxado pelo forte consumo privado e investimentos". O FMI vê dois riscos principais para países da região da América Latina (e Caribe), como o Brasil: "a fragilidade da recuperação nas economias avançadas e uma potencial fraqueza nos preços das commodities [matérias-primas]", bem como um fluxo excessivo de capitais externos, o que poderia gerar distorções ("bolhas") nas economias locais.
 

  Arte/Folha  


"Na medida em que as disparidades de produção estão se estreitando, e as pressões inflacionárias estão evoluindo em diferentes velocidades, algumas economias com regimes de meta de inflação (Brasil) parecem mais perto de um ponto de virada do que outras (Colômbia, México)", consideram os economistas do FMI, numa referência às políticas de combate aos efeitos da crise.

Estímulos

O Brasil, como muitos outros países, concedeu subsídios às empresas e reduziu as taxas básicas de juros. nos EUA e na Europa, grandes quantias de dinheiro foram aplicadas no sistema financeiro para salvar bancos.

Na visão do FMI, esses estímulos concedidos pelos governos foram necessários para que as economias enfrentassem a crise, mas agora devem ser revisados, sob pena de gerarem outros problemas (aumento dos deficits públicos), que podem comprometer a retomada do crescimento econômico.






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