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Nacional
Segunda - 19 de Abril de 2010 às 22:38

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Mais de doze horas depois de invadir a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Brasília, os cerca de 500 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deixaram o prédio no final da tarde desta segunda-feira.

O movimento afirmou que desocupou apenas a sede do instituto, na capital federal, e garantiu que vai continuar com as manifestações pelo resto do país. As sedes do Incra em cinco Estado --São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Piauí e Paraíba-- foram invadidas nesta segunda por membros do MST. Desde sábado, o prédio do órgão público em Pernambuco também é ocupado.

O presidente do Incra, Rolf Hackbart, considerou as ocupações "inaceitáveis". Ele rechaçou a crítica dos movimentos sociais de que o governo Lula não deu a devida atenção à reforma agrária, bandeira cara ao PT, e disse que a implementação da reforma deve ser compartilhada também com os governos estaduais e às centenas de ações travadas na Justiça.

"O governo não vem cumprindo os seus compromissos com a reforma agrária. Temos famílias acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação bastante difícil à beira de estrada", afirma José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST, em nota. Segundo o MST, o "abril vermelho" já teve manifestações em 19 Estados.

O MST cobra, entre outros pontos, o assentamento de todas das famílias acampadas à espera de um lote de terra. O MST afirma ter 90 mil famílias atualmente debaixo de barracos de lona.






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