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MT Eleições 2014
Segunda - 19 de Abril de 2010 às 17:11
Por: Patrícia Sanches

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O histórico e polêmico membro das executivas Estadual e municipal do PT, Jairo Rocha, acusa o deputado federal Carlos Abicalil de ter utilizado indevidamente o Incra, a Funasa e a secretaria estadual de Educação (Seduc) para vencer as prévias contra a senadora Serys Marly e emplacar o nome dele à senatória. Segundo Jairo, o deputado teve a ajuda do empreiteiro e lobista Valdebran Padilha, preso no último dia 07, durante a Operação Hygeia, para derrotar Serys. “Ele (Abicalil) sabe como usar a Funasa, o Incra e a Educação a seu favor”, dispara. Jairo alerta que pelo menos 48% dos militantes do PT vão acompanhar a senadora e apoiar Mauro Mendes, pré-candidato do PSB, na disputa ao governo.

O anúncio foi feito por Serys, nesta segunda (19), em entrevista coletiva, logo após a oficialização da vitória de Abicalil nas prévias internas para definir o candidato do partido ao Senado. O deputado venceu com 4.597 votos, o equivalente a 52,5% dos votos válidos. Já Serys obteve 4.161 votos, que somam 47,5% do total. Apesar dele ter vencido com uma frente de 436 votos, a senadora foi melhor nos grandes pólos, como Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande e Sinop. “Serys é diferente dos outros. Não é mulher de duas palavras e não voltará atrás em sua decisão”, pontua Jairo.

Segundo ele, as correntes Força do Interior, Mensagem ao Partido, Articulação de Esquerda, Utopia e Vida, Movimento PT, Graúna e Democracia Socialista vão encabeçar um movimento interno para angariar apoio a Mendes.

Outro Lado

Carlos Abicalil contrapõe as afirmações e nega qualquer “manobra” no Incra, Funasa e na Seduc para conseguir votos. “Não houve interferência. Nunca usei nenhuma instituição e, se tem alguém ligado a Funasa, é a senadora, que indicou Juca Lemos", reagiu o deputado, numa referência ao fato de Juca, que é ex-vereador de Rondonópolis, ter ocupado o posto de coordenador do órgão. Até então, segundo Abicalil, o PT tinha influência na Funasa, mas depois as indicações passaram a ser feitas pelo PMDB.

A polêmica em torno da Funasa deve-se às investigações da PF que apontaram um rombo no órgão de R$ 51 milhões. Conforme a denúncia, as fraudes se davam por meio de licitações direcionadas, contratação de funcionários fantasmas e obras inacabadas. Até agora 46 pessoas foram indiciadas, mas o inquérito não foi concluído.





Fonte: RD News

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