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Segunda - 19 de Abril de 2010 às 16:59

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O deputado federal Carlos Abicalil, presidente do Diretório Regional do PT, deveria ir na tarde desta segunda-feira ao Palácio Paiaguás e ser recebido com a pompa de ser o candidato ao PT ao Senado Federal, do alto de sua vitória na prévia realizada domingo. Mas a história não foi bem assim. Minutos depois de fazer um discurso de tentativa de apaziguamento das arestas criadas por conta da acirrada disputa interna, Abicalil “embranqueceu” ao tomar conhecimento de que  a senadora Serys Slhessarenko anunciara que vai apoiar partido a candidatura de Mauro Mendes, do PSB, ao Governo. Ficou atordoado; ele, seu grupo político e o próprio Governo.

Segunda-feira era para ser um dia festivo para Abicalil e seus aliados – Saguas Moraes e Alexandre César, conhecidos como a “trinca do PT”. Mas o dia se transformou em momentos de preocupação e certa tensão. A vitória de Abicalil nas prévias já vinha sendo questionada por causa dos meios e também do próprio resultado, já que conseguiu superar a senadora em municípios de pequena expressão eleitoral. O parlamentar dizia apostar todas as fichas na reaglutinação interna quando descobriu que  Serys assumiu a forma orgânica de atuar privilegiando as teses de seu grupo de apoiadores, que querem a candidatura de Mendes em detrimento de Silval Barbosa.

Serys ainda conversava com os jornalistas quando assessores informaram a ela que o Palácio Paiaguás disparara diversos telefonemas buscando uma forma qualquer para “estancar” o prejuízo. Em vão!  “Venci em 70 cidades, que congrega um universo de 1,3 milhão de eleitores que desejam que o partido empreste seu apoio ao empresário Mauro Mendes, que foi apoiado pelo PT há dois anos” – disse a senadora, ao justificar sua posição.

Sem achar as palavras corretas, Carlos Abicalil disse que pretende dar continuidade às negociações partidárias e se queixou da interferência no processo para a escolha  da  vaga ao Senado. Ele chegou a mencionar que pessoas ligadas ao Governo trabalhavam assediando  os militantes petistas ligados a seu grupo.  Disse que não acredita em “fogo amigo” e teve ainda fôlego para cobrar “lealdade” da adversária ao seu nome, mesmo sabendo que Serys anunciou que não estará em seu palanque. Abicalil agora convive com o esvaziamento do PT.

A reação da senadora chegou a ser interpretada como uma espécie de revolta pós-derrota nas urnas, mas logo se tratou de corrigir o entendimento. Afinal, a senadora decidiu agir da mesma forma que o grupo liderado por Abicalil. “Vou apoiar aqueles que me apoiaram” – insistiu a senadora, pela manhã, antes de tomar um vôo que a levaria para Brasília, onde deve permanecer pelos próximos dias, reorganizando os projetos políticos.

Abicalil disse, sem convicção alguma, que ainda acredita que a senadora fará uma reflexão e voltará atrás na decisão de se excluir do processo eleitoral deste ano. Serys já disse e reafirmou que não disputa as eleições de 2010. Mas, segundo Abicalil, os 20 anos de trajetória política de Serys não podem ser deixado para trás. Ainda sem concaternar ao certo as idéias, disse que pretende trabalhar "incansavelmente" para buscar apoio dos eleitores de Serys em todo o Estado. "Temos em jogo um projeto para todos os brasileiros e vamos buscar apoio de todos, inclusive, dos eleitores da senadora, que, em grande parte, são petistas" -  disse o deputado, assumindo o ar de provocação.

Perplexo, não coube outra alternativa ao político Abicalil a não ser dizer que as prévias mantiveram o partido intacto  e afirmou que o PT seguirá unido em torno do projeto do arco de aliança que integra e que apóia a pré-candidatura do governador Silval Barbosa (PMDB). Fez questão de dizer que não existem rusgas de sua parte, lembrando que, durante todo o processo de disputa. Ele afirmou que, caso a Serys fosse a escolhida, continuaria petista e manteria o apoio à sua candidatura.

Convicto que Serys faria dobradinha com o deputado Saguás Moraes, as declarações que a senadora não fará parte do processo eleitoral caíram como ducha de água fria nas pretensões do presidente da Executiva Regional em aumentar  o quadro de deputados na bancada estadual e federal  O PT tem escolha livre cada um pode colocar sua candidatura e apresentar seu projeto político “cada um no seu quadrado”  todos tem liberdade de opinião o resultado da disputa não é do Carlos Abilicalil e sim do PT.

Sem plataforma de trabalho definida, o deputado ainda não discutiu quem será seu suplente que será definido no encontro da sigla petista agendado para 23 de maio e está empenhado em discutir o projeto do PT com os outros partidos.  Não acredita em a suposta “crise” instaurada dentro PT prejudique a candidatura de Dilma.  Abicali não encara como derrota ter perdido nos principais pólos petistas em Mato Grosso como: Cuiabá Rondonópolis, Várzea Grande e Sinop na disputa prévia para candidatura o Senado.  (Izabela Andrade/Valdemir Roberto)






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