Baixa adesão de grávidas e pessoas com doenças crônicas também preocupa ministério
Jovens são os que menos aderem à vacina contra a gripe suína
No ano passado, o maior índice de mortalidade pela gripe ocorreu entre jovens desta faixa etária, duas a cada dez pessoas.
Assim como os jovens, a vacinação das grávidas, com adesão de 54%, e de pessoas com doenças crônicas, com 56%, também preocupam a pasta, já que a meta do governo é atingir 80% de cada grupo.
O secretário nacional de Vigilância Sanitária, Gerson Penna, alertou para a prevenção contra a nova gripe.
- Os jovens se acham imunes a tudo, mas eles não são. Também precisam se vacinar.
Já as grávidas representam neste ano uma em cada três mortes relacionadas à nova gripe, além de corresponderem a mais de 20% dos casos graves.
- A gripe matou mais de 2.000 brasileiros e temos agora uma vacina eficaz. Estamos fazendo a nossa parte e cada um precisa fazer a sua e tomar a vacina.
Até as 9h desta segunda-feira, 28,3 milhões de pessoas haviam se imunizado contra a doença, o que representa 47,5% do total pretendido pela campanha. Apenas duas metas da campanha foram atingidas até agora: todos os trabalhadores de saúde do país já foram vacinados e em torno de 86% das crianças entre seis meses e dois anos.
Justificativas
Segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, esses três grupos nunca foram alvo de campanhas de saúde, o que poderia justificar a baixa adesão à vacinação. Além disso, o diretor negou que a população tenha receio de tomar a vacina.
- O medo não é um aspecto importante. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostrou que as pessoas compreendem a necessidade de vacinação.
Hage explicou que dificuldades de acesso, como na região amazônica, e problemas nos serviços locais de saúde também podem explicar a adesão reduzida.
- São diversos fatores que devem ser analisados em cada Estado e município.
Indígenas
O levantamento do ministério mostrou que 65% dos indígenas já foram vacinados contra a gripe A. Falta ainda 15% para o governo atingir a meta de imunização desse grupo.
De acordo com Hage, existem maiores dificuldades na região Norte, em especial na região amazônica.
- Algumas condições climáticas têm dificultado a vacinação ou a consolidação dos dados. Em algumas áreas, o retorno da informação só vai ocorrer ao final da vacinação.
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