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Economia
Segunda - 19 de Abril de 2010 às 07:45
Por: Gustavo Porto

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O secretário-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, deixou claro neste domingo (18) que o Brasil seguirá com dificuldades para transformar o etanol em commodity e ainda para comercializar o combustível com outros países livre de tarifas, barreiras e como um produto sustentável ambientalmente. "Existem duas posições: a primeira, defendida pelo Brasil, é que o etanol é ambientalmente correto, o que permitiria redução das tarifas nas negociações dentro do OMC", disse. "Mas isso pode não ser verdade para todo o etanol do mundo e a questão é saber como avaliar o combustível, com rastreabilidade e sustentabilidade", disse após visitar a Usina São Martinho, maior processadora de cana-de-açúcar do mundo.

Acompanhado do presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank, Lamy, que salientou ser neutro em qualquer negociação, reafirmou que a posição do Brasil em relação ao etanol ser um bem ambiental passivo de redução de tarifas, "não é compartilhada por outros países". Lamy deu sinais de que a questão é mais econômica e menos ambiental, e disse que o país terá de ceder caso queira reduzir tarifas e barreiras comerciais, principalmente em relação aos Estados Unidos e países da União Europeia (UE).

Jank avaliou que a visita de Lamy foi positiva para informá-lo sobre a forma de produção sustentável de etanol e açúcar, mas admitiu as dificuldades nas negociações internacionais. Sobre o etanol, o executivo criticou a posição dos EUA, que estudam manter a tarifa de US$ 0,54 por galão sobre combustível brasileiro, prevista para acabar este ano, enquanto as tarifas de importação do país, de 20%, foram zeradas.






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