Feridas da disputa nas prévias não devem ser superadas no PT
Mais do que uma demonstração de democracia interna, as prévias do Partido dos Trabalhadores (PT), que a Direção Nacional tentou em vão impedir, construindo um entendimento, deixaram feridas que podem não se cicatrizar até as eleições de outubro próximo e comprometer o desempenho da chapa encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB). Candidato a sucessão estadual, Silval tem como outro candidato ao Senado o ex-governador Blairo Maggi (PR), avalista da candidatura peemedebista e forte aliado para o petista que disputar a segunda vaga, já que a tendência natural é que o segundo voto dos eleitores de Maggi se destinem ao seu companheiro de chapa e vice-versa em relação ao petista com o republicano.
Por mais que os posicionamentos sejam contrários a rusgas internas irreparáveis haverão grandes problemas. Vencida a disputa, nos bastidores as criticas entre o grupo petista de Serys Marly e do deputado federal carlos Abicalil são evidentes. Serys defende sua candidatura como nata, por já ser senadora em final de mandato e ser mulher no ano em que se tem uma candidata a presidente da República (leia-se Dilma Roussef) com reais chances de se eleger. Ogrupo de Carlos Abicalil aponta para a história do PT de passar por prévias sem atropelos e defende seu nome para o Senado e a da senadora para deputada federal, coligados pela primeira vez com grandes partidos podendo representar a consolidação do PT no Senado, na Câmara e na Assembleia. Com isso, o mais provável é que nenhuma das correntes se ajudem mutuamente a conquistar as vagas representativas para o partido nas eleições.
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