Após ser informado da morte do pedreiro Ademar Jesus da Silva, 40 anos, suspeito de matar seis jovens em Luziânia (GO), o procurador-geral de Justiça do Estado, Eduardo Abdon Moura, solicitou que dois promotores de Justiça da área criminal façam o "acompanhamento de todos os fatos" que levaram à morte do preso. Segundo informações do Ministério Público, Moura solicitou também que o promotor Ricardo Rangel, de Luziânia, que acompanhou todo o caso, se desloque neste domingo à Goiânia para assumir os procedimentos.
Ademar foi encontrado morto volta das 13h de hoje. Segundo um agente da Delegacia de Combate a Narcóticos (Denarc), ele fez uma corda trançada com uma tira do tecido que reveste o colchão e se enforcou.
Jovens de Goiás
Entre os dias 30 de dezembro de 2009 e 22 de janeiro deste ano, seis jovens com idades entre 14 e 19 anos desapareceram em Luziânia, a 196 km da capital Goiânia (DF), no entorno do Distrito Federal. O caso ganhou repercussão nacional e foi investigada, além da polícia, pela CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes, da Câmara dos Deputados.
O paradeiro dos jovens só foi solucionado em 10 de abril, quando o pedreiro Ademar de Jesus Silva, 40 anos, foi preso acusado de estuprar e matar os rapazes. Ele mostrou à polícia o local onde estavam os corpos dos garotos e, em entrevista, se disse arrependido e afirmou que pensava no sofrimento dos familiares dos jovens mortos. O pedreiro também declarou que foi vítima de abusos sexuais no passado e disse que cogitou o suicídio após a repercussão das mortes.
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