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Sábado - 17 de Abril de 2010 às 03:47
Por: Jean Campos

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Presidente do PPS, Freire, disse que vai recusar qualquer indicativo de apoio que não fortaleça a candidatura de Serra
Presidente do PPS, Freire, disse que vai recusar qualquer indicativo de apoio que não fortaleça a candidatura de Serra

Embora ainda não tenha recebido nenhum documento contendo a decisão do diretório regional do partido de apoiar a candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) em Mato Grosso, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse ontem que irá recusar qualquer indicativo de apoio a candidato que não faça parte da aliança de fortalecimento do candidato à presidência da República José Serra (PSDB). “A decisão final ocorrerá somente nas convenções. Vamos recusar todos os indicativos. Aliás, se aprovarmos indicativo, pra que convenção?”, disse Freire, por telefone, enfático.

Para o líder partidário, o reconhecimento de um indicativo acabaria tirando a legitimidade da Convenção Estadual, que deve acontecer entre os dias 10 e 30 de junho.

Na noite de anteontem, a discussão em torno do apoio à candidatura majoritária de Mauro Mendes ou do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) motivou uma nova celeuma entre socialistas. Bate-boca, exaltação e ânimos acirrados deram a tônica do encontro que definiu, por 31 votos a favor, quatro contra e uma abstenção, a preferência do diretório pela coligação com o PSB. Apesar de a maioria ter votado a favor da permanência do partido no movimento ‘Mato Grosso Muito Mais’, uma outra ala, liderada pelo suplente de deputado Pedro Satélite, defende uma terceira alternativa: a inclusão da aliança encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) nas discussões internas. Satélite sugeriu uma nova consulta a respeito da aliança, porém não foi atendido.

O presidente da sigla no Estado, deputado Percival Muniz, enfatizou que o indicativo era apenas uma forma de buscar qualificação da aliança junto à executiva nacional. Contudo, o posicionamento foi questionado pelo presidente da cúpula nacional. “Respeito a articulação do deputado Percival, assim como sua história no partido. Mas também respeito todos os demais partidários e seus posicionamentos. Esse é o motivo pelo qual o PPS defende a convenção”, reiterou Freire.

Durante reunião, em Brasília, da qual participaram Percival e o presidente do PPS em Cuiabá, vereador Ivan Evangelista, a direção nacional do partido já havia estabelecido que, na convenção, a decisão ficaria a cargo não só do diretório regional – composto por 45 membros – mas, também, dos delegados eleitos no 16º Congresso Estadual do partido. Dessa forma, o quórum aumentaria para cerca de 200 partidários na hora da votação.

A ala que defende a aliança com PSDB e DEM no Estado tem declarado que a determinação garante a permanência do PPS no arco de aliança de José Serra. Entretanto, com a mesma convicção, o deputado Percival Muniz tem declarado que a convenção só confirmará o que o diretório aprovou – apoio ao empresário Mauro.

Enquanto o imbróglio não é resolvido, Roberto Freire garantiu que, antes das convenções, todas as articulações serão respeitadas, inclusive com os peemedebistas. Ele reforçou que a decisão deverá passar pelo crivo da direção nacional, transparecendo que farão de tudo para levar o partido ao ninho tucano. “Acima de tudo, queremos unidade”, concluiu Freire.

A assessoria de imprensa do deputado Percival Muniz (PPS) informou que o indicativo retirado da reunião, anteontem à noite, deveria ser encaminhado ontem no final da tarde para o diretório nacional.

O partido, segundo a assessoria de imprensa, deverá indicar o deputado para ocupar uma vaga na chapa majoritária para ser o candidato a vice ou ao Senado. A defesa maior é que Muniz enfrente uma candidatura de vice-governador na chapa encabeçada por Mauro Mendes.






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