Nuvem de cinzas proveniente de erupção na Islândia cancelou voos em toda a Europa
Vulcão provoca maior caos aéreo desde o 11 de Setembro
Em entrevista à rede americana ABC, o chefe do departamento de tecnologia da aviação da Universidade Pardue, Brent Bowen, disse que a situação é a pior já vivida pela Europa e a mais grave desde os ataques contra os EUA.
- Esta é a mais significativa interrupção no tráfego aéreo desde o 11 de Setembro e certamente a mais grave a atingir a Europa em todos os tempos.
Nesta sexta-feira (16), 60% dos voos programados na Europa foram cancelados, segundo a Organização Europeia pela Segurança do Tráfego Aéreo (Eurocontrol). Dos 28 mil pousos e decolagens, apenas cerca de 11 mil devem acontecer.
Os espaços aéreos de Reino Unido, Alemanha, França, Suécia, Irlanda, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Polônia e Holanda estão total ou parcialmente fechados. Quatro dos principais aeroportos do mundo – Heathrow (Londres), Charles de Gaulle (Paris), Schiphol (Amsterdã) e Frankfurt (Alemanha) – não estão operando.
Centenas de milhares de pessoas foram impedidas de viajar desde esta quinta-feira (15), quando o caos teve início. Só no aeroporto de Heathrow, em Londres, 180 mil pessoas são afetadas a cada dia de fechamento.
Segundo a Eurocontrol, a previsão é que a nuvem de cinzas que se espalhou sobre a Europa, e que representa um grave perigo aos motores de aeronaves comerciais, ainda interrompa o tráfego por pelo menos mais 24 horas. As autoridades do Reino Unido já avisaram que o fechamento do espaço aéreo deve permanecer no mínimo até a madrugada deste sábado (17).
O geofísico da Universidade de Bristol, Matthew Watson, disse à rede de TV CNN que a retomada das operações normais só será possível quando o vulcão na geleira de Eyjafjallajokull parar de lançar cinzas a altitudes de até 11 km.
Passageiros formam fila no aeroporto Charles de Gaulle, perto de Paris, na França, nesta sexta; cinzas de vulcão cancelaram 60% dos voos europeus. (AFP)
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