Em mais um capítulo da disputa para ser o estádio que representará a cidade de São Paulo na Copa do Mundo de 2014, a diretoria do Tricolor enviou no fim da tarde desta quinta-feira o novo projeto da reforma do Morumbi. O material, feito pela empresa alemã GMP, que foi contratada no início do ano, contém as modificações pedidas pela Fifa para que o local possa sediar a abertura da competição e um dos jogos das semifinais.
- O material foi enviado e agora vamos aguardar uma posição da Fifa, que não tem data para se posicionar – afirmou o diretor de futebol são-paulino, Adalberto Baptista.
Entre as modificações que foram feitas no projeto, o gramado foi rebaixado, a pista de atletismo extinta e os setores das numeradas e das arquibancadas foram prolongados. Tudo para dar fim aos pontos cegos (lugares em que a visão do campo não é total) do estádio. Esse projeto já foi visto extra-oficialmente pelos inspetores Carlos Corte, Fúlvio Danilas e Jay Neuhausr, em visita realizada no dia 15 de março,e ganhou elogios do secretário geral da entidade, Jérôme Valcke. A existência de pontos cegos é uma das maiores preocupações da Fifa em relação aos projetos.
Todas as mudanças exigidas pela entidade que controla o futebol mundial exigirão que o estádio do Morumbi fique fechado pelo período de dois anos, ao contrário do que o Tricolor havia afirmado inicialmente. Os cartolas acreditavam ser possível continuar mandando jogos normalmente durante as reformas. Mas isso certamente não acontecerá.
Acerto com o BNDES
Na próxima segunda-feira, haverá uma reunião entre o presidente do clube do Morumbi, Juvenal Juvêncio, e o diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Na pauta está o financiamento que será liberado para o estádio.
Para que o dinheiro seja liberado, um impasse precisa ser resolvido. O São Paulo deseja que os valores sejam direcionados diretamente para os seus cofres, enquanto o BNDES quer que a operação passe por um banco.
Segundo o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, a reforma do Morumbi está orçada em R$ 280 milhões. Desse total, R$ 150 milhões serão financiados pelo BNDES e o restante virá da iniciativa privada. Como o BNDES havia afirmado que poderia liberar até R$ 400 milhões, o restante do valor será direcionado para o Governo de São Paulo, que investirá a quantia nas obras da linha 4 do Metrô, que passará pelo estádio do Morumbi.
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