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Cidades/Geral
Quinta - 15 de Abril de 2010 às 10:01
Por: Fernando Duarte

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Médicos residentes dos hospitais referências de Mato Grosso fazem hoje uma paralisação de 24 horas, das 7h de quinta-feira até às 7h de sexta-feira. O protesto é parte de uma manifestação nacional e envolve profissionais do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) e Hospital Geral Universitário (HGU). A principal reivindicação é o aumento da bolsa auxílio de R$ 1,6 mil para R$ 2,6 mil. A partir de 8h30, em torno de 140 médicos vão caminhar do HGU até a Praça Ipiranga, no centro de Cuiabá.

Um dos coordenadores da manifestação, o cirurgião-geral Tiago Manoel Marques, disse que o ato serve para que 6 questões sejam sanadas pelo Ministério da Educação (MEC). "Muitos pensam que médico residente é estagiário. Nós trabalhamos igual a um médico tradicional, recolhemos impostos também".

O reajuste da bolsa-auxílio em R$ 1 mil se deve a exigência de aumento em 38,7% somado as perdas inflacionárias dos últimos 4 anos. Além disso, querem o adicional de insalubridade (em torno de 25% do pagamento), a décima terceira bolsa e o respeito as 60 horas semanais de trabalho. "Em alguns estados, os médicos residentes fazem até 100 horas semanais. Aqui em Mato Grosso tem médico que chega a cumprir 80 horas por semana, fora os plantões".

Outras exigências são quanto à fixação da data-base anual para, segundo comunicado da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), "evitar distorções entre o valor pago pela bolsa e a desvalorização monetária pela inflação". E também a concessão da licença maternidade de 6 meses.

Marques não sabe quantas pessoas podem ser afetadas com a paralisação, que envolve os setores de ambulatório e pequenas e médias cirurgias. Mas o movimento respeitará os 30% exigidos por lei, ou seja, os setores de urgência e emergência estarão ativados.

O superintendente do Júlio Müller, Luiz Carlos Amaral, garantiu que nenhum atendimento será afetado com a manifestação. O motivo é que os preceptores (supervisores dos residentes) estarão trabalhando no hospital durante o protesto. "O funcionamento será normal. Até porque a paralisação é de apenas um dia e foi anunciada com antecedência".





Fonte: A Gazeta

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