Mato Grosso tem potencial para produção de trigo
A alta de 24,6% da importação de trigo pelo Brasil no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado demonstra a necessidade do projeto experimental para produção de trigo em Mato Grosso e o beneficiamento para produção de farinha. Um desses projetos é do Moinho Mato Grosso, do Grupo Multigrain, empresa que atua em commodities de grãos. Em 2 anos, segundo o gerente de vendas do moinho, Hilario Haneiko, após plantio comercial, a expectativa é que o Estado produza o trigo e ele tenha produção da farinha no Estado, com agregação de valor para o mercado. As importações nacionais em janeiro a março somaram US$ 417,4 milhões contra US$ 334,9 milhões em igual intervalo de 2009.
Instalada no final do ano passado no Distrito Industrial, a unidade beneficiadora da farinha tem previsão de dobrar no segundo semestre a capacidade atual de 3,5 mil toneladas de farinha por mês. O gerente informa que a demanda do Estado é de 10 mil/t entre todos os tipos de farinha, seja para pão francês, caseiro, pão doce e hambúrguer. O gerente comercial do Moinho Regio, Emerson Andreotti, de Cuiabá, reforça a tendência. "Vamos crescer muito na farinha para Mato Grosso, em uma mistura pronta, porque o Estado tem orientação para produção de pão com longa fermentação". Há 2 ou 3 anos, explica Hilario, testes de trigo em Primavera do Leste, produziu 50 sacas por hectare. O moinho incentiva campos experimentais na cidade e em Lucas do Rio Verde, com doação de sementes. A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) desenvolve testes para trigo de sequeiro para saber a melhor época de plantio. Há unidades de observação em Alto Taquari, Tangará e Campo Verde. Segundo o pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro, os testes serão destinados a materiais genéticos classificados para produção de pão, massas e farinhas consideradas nobres.
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