Pesquisa realizada em cinco capitais avalia relação entre contracepção e sexualidade
Estudo: Pílula melhora vida sexual de uma a cada três usuárias
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 20 de maio de 2009 com 500 mulheres, entre 15 e 45 anos, das classes A e B, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.
Quando o assunto é a libido, 11% das entrevistadas acreditam que o remédio aumenta o desejo sexual, enquanto 72% dizem que a pílula não interfere. Já 16% acham que o método diminui o desejo sexual e 1% das mulheres não souberam responder.
Segundo o presidente da Febrasgo, Nilson Roberto de Melo, o uso da pílula não afeta apenas a contracepção, mas também a estética feminina e a sexualidade.
– Hoje a mulher posterga a maternidade por causa do mercado de trabalho e o uso da pílula passa a ser mais prolongado entre faixas etárias maiores. Além disso, a mulher sabe que o uso da pílula pode deixar a pele e os cabelos mais bonitos. Por isso não dá pra dissociar contracepção de sexualidade.
– A preocupação hoje é com a qualidade de vida. E é inadmissível falar disso sem abordar a sexualidade. Hoje a contracepção tem que oferecer segurança e uma sexualidade prazerosa.
De acordo com Melo, a pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais usado no Brasil. Segundo a pesquisa, 86% das entrevistadas usuárias disseram que não pretendem parar de usar o anticoncepcional, enquanto 70% não têm intenção de mudar de método. Outros 72% afirmaram ouvir mais comentários positivos do que negativos sobre o anticoncepcional.
Contraindicações
O que faz a brasileira optar pela troca da pílula são os efeitos colaterais que ela pode causar. Segundo a pesquisa, 84% das entrevistadas optam pela troca por causa dos efeitos colaterais. E 45% delas a fazem por medo de engordar.
No entanto, os médicos advertem que reações podem acontecer dependendo do caso, não por via de regra. De acordo com Melo, a chance de mortalidade por uso da pílula, por exemplo, em mulheres abaixo dos 35 anos, é muito pequena, cerca de 1 para cada 77 mil mulheres.
Informação
Para se informar sobre o método anticoncepcional, 61% das mulheres entrevistadas disseram recorrer ao médico, enquanto 26% procuram pela internet e 12% consultam-se com amigas.
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