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Saúde
Terça - 13 de Abril de 2010 às 23:37
Por: Camila Neumam

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Para 29% das entrevistadas, pílula anticoncepcional aumenta frequência das relações sexuais
Para 29% das entrevistadas, pílula anticoncepcional aumenta frequência das relações sexuais
Pesquisa Ibope realizada pela Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), divulgada nesta terça-feira (13), concluiu que uma a cada três brasileiras que usam a pílula anticoncepcional acreditam que o método afeta de maneira positiva sua vida sexual. Além disso, 29% das brasileiras dizem que a frequência das relações também melhora.

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 20 de maio de 2009 com 500 mulheres, entre 15 e 45 anos, das classes A e B, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.

Quando o assunto é a libido, 11% das entrevistadas acreditam que o remédio aumenta o desejo sexual, enquanto 72% dizem que a pílula não interfere. Já 16% acham que o método diminui o desejo sexual e 1% das mulheres não souberam responder.

Segundo o presidente da Febrasgo, Nilson Roberto de Melo, o uso da pílula não afeta apenas a contracepção, mas também a estética feminina e a sexualidade.

– Hoje a mulher posterga a maternidade por causa do mercado de trabalho e o uso da pílula passa a ser mais prolongado entre faixas etárias maiores. Além disso, a mulher sabe que o uso da pílula pode deixar a pele e os cabelos mais bonitos. Por isso não dá pra dissociar contracepção de sexualidade.

A opinião é compartilhada pelo ginecologista e sexólogo Gérson Lopes, presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Febrasgo, que afirma ser uma tendência tratar o uso da pílula relacionado à sexualidade feminina.

– A preocupação hoje é com a qualidade de vida. E é inadmissível falar disso sem abordar a sexualidade. Hoje a contracepção tem que oferecer segurança e uma sexualidade prazerosa.

De acordo com Melo, a pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais usado no Brasil. Segundo a pesquisa, 86% das entrevistadas usuárias disseram que não pretendem parar de usar o anticoncepcional, enquanto 70% não têm intenção de mudar de método. Outros 72% afirmaram ouvir mais comentários positivos do que negativos sobre o anticoncepcional.

Contraindicações

O que faz a brasileira optar pela troca da pílula são os efeitos colaterais que ela pode causar. Segundo a pesquisa, 84% das entrevistadas optam pela troca por causa dos efeitos colaterais. E 45% delas a fazem por medo de engordar.

No entanto, os médicos advertem que reações podem acontecer dependendo do caso, não por via de regra. De acordo com Melo, a chance de mortalidade por uso da pílula, por exemplo, em mulheres abaixo dos 35 anos, é muito pequena, cerca de 1 para cada 77 mil mulheres.

Informação

Para se informar sobre o método anticoncepcional, 61% das mulheres entrevistadas disseram recorrer ao médico, enquanto 26% procuram pela internet e 12% consultam-se com amigas.





Fonte: do R7

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