Serra e Dilma com 2 palanques cada
O quadro que se desenha para as composições majoritárias em Mato Grosso apresenta situações curiosas e inusitadas. O dirigente regional do PPS, deputado Percival Muniz, está disposto a concorrer até ao Senado para construir, por exemplo, um novo palanque para o presidenciável José Serra, tudo para cumprir a resolução que determina apoio incondicional ao tucano. Agindo assim, Percival não se indispõe com o presidente nacional da legenda socialista Roberto Freire e fica livre para consolidar a aliança com Mauro Mendes, pré-candidato do PSB à sucessão estadual.
Serra já conta com o palanque oficial, conduzido pelo ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos, que está no páreo na corrida pelo Palácio Paiaguás. Nesse caso, o ex-governador de São Paulo vai ter apoio no Estado não apenas do bloco formado pela candidatura de Wilson, que seria PSDB, PTB e DEM, mas também do PPS. Estas duas siglas apoiam Mendes para governador.
O PDT, sob Otaviano Pivetta, para também cumprir resolução da Nacional e orientação do presidente do partido, ministro Carlos Lupi (Trabalho e Emprego), começa a construir um palanque para a presidenciável Dilma Rousseff (PT). Assim, poderá apoiar Mauro Mendes. Curiosamente, nessa costuma estadual em sintonia com a nacional, o empresário vai ter no palanque lideranças que se dividirão entre apoios a Serra e Dilma. Mendes deve mesmo conseguir fechar a tríplice-aliança (PSB, PDT e PPS), com o ex-procurador da República, pedetista Pedro Taques, como candidato ao Senado.
Enquanto Serra terá apoio do grupo do tucanato e do PPS, Dilma vai contar com respaldo da palanque oficial, formado pelo PMDB, PT, PR e PP e ainda do PDT. Em síntese, a petista vai ter também dois palanques, o do governador Silval Barbosa (PMDB), que busca a reeleição, e do PDT.
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