Interferir diretamente no tratamento ou recusá-lo passa a ser um direito do paciente
Novo Código de Ética Médica começa a valer nesta terça-feira
Começa a valer nesta terça-feira (13) o novo Código de Ética Médica brasileiro. Editado depois de dois anos de consulta pública e de discussão entre os conselheiros federais e regionais de medicina e representantes de entidades médicas, o código mostra-se mais antenado às questões atuais e insere artigos sobre reprodução humana, experiência genética e cuidados paliativos – que visa a dar assistência a doentes em estado terminal. O antigo código de 1988 não citava nenhum destes assuntos.
Entre seus pontos de destaque está o direito do paciente a escolher que tratamento seguir, recusar procedimentos médicos e, ainda, se quiser, consultar um outro profissional antes de começar um tratamento.
Os demais artigos clássicos, como juramento de dedicação e obrigação de preservar a vida do paciente, mantendo sua privacidade e confidencialidade, entre outros, se mantiveram.
Segundo Vital, o código tem poder de punir administrativamente o profissional, não criminalmente, pois é baseado em normas, não em leis. Mas, com regras definidas, de acordo com o vice-presidente do CFM, "será mais fácil se fazer justiça" quando forem feitas denúncias. Sendo assim, o profissional pode responder civil e criminalmente e até perder o registro.
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