Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 31 de Julho de 2013 às 07:11
Por: JOANICE DE DEUS

    Imprimir


Aterro Sanitário de Cuiabá funciona com a capacidade reduzida e o governo do Estado faz um estudo para saber se continua
Aterro Sanitário de Cuiabá funciona com a capacidade reduzida e o governo do Estado faz um estudo para saber se continua
Em Cuiabá, são produzidas e coletadas diariamente 520 toneladas de resíduos sólidos. Entretanto, apenas 2,5 toneladas são recicladas ao mês. O volume representa menos de 1% do total de lixo coletado na cidade. Aumentar esse percentual para 30% até 2014, ano em que a capital mato-grossense será sub-sede da Copa do Mundo, é a meta da administração municipal. 


 
Para isso, conforme o diretor de Resíduos Sólidos da Secretaria de Serviços Urbanos, José Abel Nascimento, o município terá disponível o montante da ordem de R$ 12 milhões provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para formação e capacitação de catadores, para apoio logístico e para criação de novas cooperativas. 


 
Segundo Nascimento, atualmente 384 moradias localizadas no bairro CPA I participam do projeto piloto "Cuiabá Recicla". "Estamos trabalhando para ampliar para 10 mil pontos de coleta", disse. 


 
O lixo produzido pela população é um grave problema devido ao intenso consumo, bem como as doenças que são transmitidas pelos vetores existentes no lixo. Em face desse consumo, o maior desafio se dá com relação à disposição final desses materiais. 


 
Na Capital, o aterro sanitário está com sua capacidade reduzida. Conforme Abel Nascimento, a gestão municipal firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado (MPE) e tem três anos para realizar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que irão definir se o aterro pode permanecer no atual local ou se será transferido para uma nova área. 


 
Outro problema é que, muitas vezes, o resíduo doméstico é depositado em locais abertos, gerando mais um problema ambiental, tendo em vista a poluição dos lençóis freáticos pelo chorume. A Capital, por exemplo, tem seis meses para mitigar e retirar mais de 10 mil caminhões de lixo que foram depositados às margens da estrada de acesso e dentro dos limites do aterro sanitário. 


 
Desde ontem, a Capital sedia a 1ª Conferência Regional de Meio Ambiente, que tem como tema central a implementação da política regional de resíduos sólidos. De acordo com o secretário adjunto de Meio Ambiente, Zidiel Coutinho Júnior, o encontro aborda quatro eixos temáticos. "Produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de trabalho, emprego e renda e educação ambiental", citou. 


 
Ele explica que a conferência regional antecede as etapas estaduais (de 11 a 13 de setembro), que irão culminar com a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), entre os dias 24 e 27 de outubro, em Brasília. "Serão eleitos delegados e elencadas 20 ações prioritárias para serem enviados à etapa estadual", observou. 


 
O evento trouxe à Capital representantes dos municípios de Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande. 


 
O evento é coordenado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estadual do Meio Ambiente, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cuiabá, através das Secretarias de Meio Ambiente, Serviços Urbanos e Educação. 





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/13646/visualizar/