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Segunda - 12 de Abril de 2010 às 13:32
Por: Patrícia Sanches

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O advogado de defesa dos irmãos Valdebran e Valdemir Padilha, Roger Fernandes, considera desnecessária a renovação da prisão preventiva de seus clientes e deve ingressar com um pedido de habeas corpus (HC) junto ao Tribunal Regional Federal nesta segunda (12). “Vou conversar com eles na Polinter e devo ingressar com o recurso o mais rápido possível”, afirmou o assessor jurídico em entrevista ao RDNews. Ele critica também a delegada responsável pelo caso, Heloísa Albuquerque, que teria entrado em contradição. “Não fala, por exemplo, se serão requeridas acareações. Não há necessidade de mantê-los presos, afinal todos já prestaram esclarecimentos”, assegura.

Ele reclama também do que classifica como cerceamento da defesa. Segundo Roger, até agora os advogados não tiveram acesso ao relatório. “Até onde eu sei nenhum advogado pode pegar todos os documentos para analisar. Por enquanto, nada foi disponibilizado”, pontua. Valdebram e o irmão foram presos juntamente com outras 33 pessoas sob acusação de participar de um esquema criminoso que desviava recursos da Funasa. Segundo auditoria, feita pela Controladoria-Geral da União (CGU), foram comprovados desvios de R$ 51 milhões, mas o rombo pode chegar a R$ 200 milhões. Valdebran ficou conhecido em todo o país em 2006 como “aloprado”, após se envolver no caso da compra de um dossiê contra tucanos durante as eleições.

Ele seria ligado ao presidente estadual do PT, deputado federal Carlos Abicalil, e alguns grampos telefônicos citam também vinculo com o governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) e com o deputado federal Pedro Henry (PP). Os três negam que tenham qualquer ligação. No Estado Valdebran se envolveu também em um escândalo relativo a um esquema de suposto caixa 2 na campanha do petista Alexandre César. O fato ocorreu em 2004, quando Alexandre disputou sem êxito a Prefeitura de Cuiabá. Na época ele foi derrotado pelo tucano Wilson Santos.

No caso do desvio da Funasa, as empreiteiras de Valdebran atuariam principalmente em Cáceres. Além dele e do irmão foram presas mais 33 pessoas. Dessas, quatro tiveram a prisão revogada neste final de semana e uma nova detenção temporária foi decretada. Entre os que estão presos estão o ex-prefeito de Santo Antônio do Leverger Faustino Dias Neto (DEM), o coordenador da Funasa Marco Antônio Stangherlim, o secretário-geral e o tesoureiro do PMDB Rafael Bastos e Carlos Miranda, respectivamente, e o sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), José Luís Bezerra.

O advogado de Rafael e José Luís, Ulisses Rabaneda já ingressou com HC no TRF. A tendência é que todos tentem reverter a prisão temporária nos próximos dias por meio de HC no TRF ou revogação junto a 1ª Vara Federal de Cuiabá, sob Julier Sebastião da Silva. Todas as pessoas presas devem ser indiciadas por formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação, dentre outros.





Fonte: RD News

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