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MT Eleições 2014
Segunda - 12 de Abril de 2010 às 10:37
Por: Romilson Dourado

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Blairo Maggi parece a
Blairo Maggi parece a "Tereza da Praia" da canção de Jobim e é cortejado por Mendes e Silval devido à dubiedade

A estratégia do ex-governador Blairo Maggi (PR) de ficar numa posição dúbia sobre quem apoiar para a sucessão estadual pode trazer prejuízos a seu projeto ao Senado. Publicamente, ele anuncia que trabalha pela reeleição do peemedebista Silval Barbosa mas, nos bastidores, não demonstra tanta consistência nos argumentos e, de quebra, mantem diálogo com Mauro Mendes, que deixou o PR e está em pré-campanha para o governo pelo PSB. Com esse posicionamento de ter dois candidatos a governador, Maggi corre risco de comprometer sua candidatura, principalmente agora que tem como um dos concorrentes o ex-procurador da República Pedro Taques (PDT).

Maggi seria a Tereza da Praia, composição de Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco. A letra da música desperta atenção, quando os cantores Lúcio e Dick, que seriam, transportando para o cenário político mato-grossense, Silval e Mendes, travam disputa por Tereza, que seria Maggi. Ambos brigam por Tereza, cortejam e fazem elogios a ela e, no final, concluem que Tereza não é de ninguém, mas sim da praia.

O ex-governador tem feito discurso em defesa do nome de Silval, com quem vai estar no palanque. Em outros momentos, comenta que Mendes é um candidato forte. Constantemente se reune com o empresário e também com o porta-voz de Mendes, o deputado Percival Muniz, presidente regional do PPS. Essa ligação com o pré-candidato do PSB tem deixado os aliados de Silval com uma certa desconfiança de que, no fundo, para Maggi tanto faz o peemedebista ou o socialista ir para o segundo turno das eleições. Maggi tenta construir um palanque independente, embora numa maior sintonia com Silval. Sua equipe de marketing, por exemplo, está sendo montada em separado.

Ele parece copiar a estratégia do então petebista, ex-governador de Minas Hélio Garcia, que em 98 concorreu ao Senado. Na época a briga era por uma vaga. Hélio tentou ser candidato de todos os grupos. "Colou" em Itamar Franco, que disputava o governo mineiro e também em Eduardo Azevedo, que buscava a reeleição. Eis que surge José Alencar, apoiado por Itamar, enquanto Azeredo tinha como candidato oficial Hélio Costa para o Senado. Hélio Garcia pagou caro por não tomar partido. Desistiu da disputa ao Senado. A cadeira ficou com Alencar, enquanto Itamar se elegeu governador.

Como o ex-governador mato-grossense acaba se manifestando nos bastidores como se tivesse dois candidatos, há risco de perder apoio dos dois lados e ainda de ser chamado de traidor. A tranquilidade de Maggi por ter deixado o Paiaguás com a aprovação em alta e por liderar as pesquisas ao Senado, numa disputa com duas vagas, pode trazer pesadelo ao republicano se este não abraçar uma só candidatura.





Fonte: RD News

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